
O deputado único da Iniciativa Liberal (IL) no parlamento regional, falou quinta-feira em “indicadores graves” de incumprimento do acordo de incidência parlamentar assinado com o seu partido, preferindo “dar tempo” ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para avaliar a situação.
Em declarações à Lusa a propósito do anunciado fim do apoio do deputado do Chega ao executivo, Nuno Barata considerou “prematuro” revelar o sentido de voto para o próximo orçamento da região, admitindo ter “alguns indicadores graves” de que o governo “não está a cumprir esse acordo de incidência parlamentar” com a IL.
“Há condições para este governo continuar, enquanto cumprir os acordos de incidência parlamentar. Naquilo que diz respeito à Iniciativa Liberal, o Governo está longe de cumprir o acordo de incidência parlamentar. Temos deixado vários alertas, várias sugestões. Temos feito em sede própria aquilo que entendemos fazer”, frisou.
Para Nuno Barata, “há que dar tempo ao tempo e avaliar bem toda a situação”.
“Estamos a seis meses do orçamento. É obviamente prematuro estar já a indicar um sentido de voto, se ainda nem conhecemos o documento”, afirmou, em declarações à Lusa.
Questionado sobre a posição de José Pacheco, o deputado liberal disse que “é um assunto que diz respeito ao Chega e aos três partidos que constituem o Governo, que assinaram acordo de incidência parlamentar com o Chega”.
“Não me cabe a mim comentar as decisões do Chega, nem as decisões dos partidos do Governo. A mim cabe-me, enquanto deputado único eleito pela Iniciativa Liberal, fiscalizar a ação do Governo e acompanhar o cumprimento de um acordo de incidência parlamentar que a IL assinou com o PSD/Açores para garantir a viabilização do programa de Governo e a estabilidade da governação dos Açores”, apontou.
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