PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO DA CPC ESTÁ A SER CONDUZIDO DE “FORMA INSENSÍVEL E IMPREPARADA”, DIZ GCE “ESTA É A NOSSA PRAIA”

Em comunicado, o Grupo de Cidadãos Eleitores (GCE) “Esta é a Nossa Praia” revela a sua “enorme preocupação pela forma insensível e impreparada” como o atual executivo da Câmara Municipal da Praia da Vitória (CMPV) está a conduzir o processo de reestruturação da Cooperativa Praia Cultural (CPC).

No comunicado, esta segunda-feira enviados às redações, o GCE refere que há praticamente um ano que os trabalhadores da CPC “estão sobre ameaça de despedimento, por parte da sua entidade empregadora, colocando-se constantemente em causa o seu mérito e dedicação profissional”.

Este sentimento de insegurança e medo em relação ao seu futuro profissional e familiar, acrescenta o grupo de independentes, ainda é agudizado pelo sentimento que existe “uma incapacidade ou até má vontade por parte do executivo camarário em traçar um plano financeiro e organizacional de reestruturação da Cooperativa, que tenha uma linha orientadora, baseada em critérios claros, justos e que acima de tudo assegure um equilíbrio entre os interesses e direitos dos funcionários e os interesses e equilíbrio financeiro do município”.

Para o GCE é incompreensível que a forma que a “Sra. Presidente da CMPV tenha encontrado para resolver esta delicada pasta tenha sido a desresponsabilização”. E acusa, “ao enviar um convite ao despedimento a TODOS os funcionários da cooperativa, a Sra. Presidente mostrou não querer responsabilizar-se politicamente pela restruturação da cooperativa, mas sim empurrar para cima de cada um dos funcionários, o peso desta complexa tarefa”.

Neste contexto, acrescentam os independentes, “a restruturação da cooperativa será efetuada baseada em fatores aleatórios, sem critérios de justiça, valorização profissional ou humana. Não será feita tendo em consideração o mérito profissional, os projetos e ações necessários ao papel do município no seu concelho e junto dos seus munícipes”.

O GCE “Esta Nossa Praia” acusa ainda o atual executivo de coligação PSD/CDS-PP de não ter dito “toda a verdade aos trabalhadores, conforme já denunciado por estruturas sindicais representativas dos trabalhadores, nomeadamente ao nível do cumprimento do estabelecido no Código do Trabalho quanto ao processo de rescisão por mútuo acordo que só pode abranger um total de 25% de todo o universo laboral”.

Por outro lado, o GCE “Esta é a nossa Praia” afirma que sempre manifestou solidariedade com o atual executivo camarário, sublinhando e reconhecendo que a situação financeira e organizacional do universo municipal Praiense é difícil e complexa, que requer astúcia e maturidade técnica e acima de tudo política para assegurar todos os interesses do presente e futuro da Praia da Vitória e das suas gerações.

Mas, adverte, “não podemos compactuar com decisões que apenas salvaguardam a posição política do elenco camarário, as suas cores partidárias e a fixação por comprovar a todo o custo que o Partido Socialista projetou de forma pouco ponderada ou até irresponsável o futuro do Município da Praia da Vitória”.

O GCE “Esta é a nossa Praia” entende que existe em termos políticos e comunitários, outras formas de resolver os problemas estruturais e financeiros com que o Município está confrontado e que, concretamente, relativamente à Cooperativa Praia Cultural, deveria ter existido coragem política para desenvolver uma análise personalizada, paciente, cuidada e considerando as especificidades de cada caso, encontrando-se sempre que possível alternativas profissionais inclusivas para a maioria dos trabalhadores, considerando-se para o efeito as valências e serviços culturais, sociais, educativos, de apoio às famílias, entre outros, que são assegurados pela Cooperativa Praia Cultural.

© GCE | Foto: DR | PE

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