
O STAL — Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, em publicação esta segunda-feira na internet, demonstra o seu total desagrado pela postura adotada pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, na sequência do despedimento coletivo dos trabalhadores da Cooperativa Praia Cultural (que integra 165 trabalhadores), acusando o executivo municipal de sonegar informação, por nunca ter revelado o número exato de trabalhadores a despedir, não obstante as insistências daquela estrutura sindical, nem que sectores seriam objeto de despedimento. O sindicado revela ainda sérias dúvidas em relação aos valores de rescisão apresentados.
De acordo com a publicação, a presidente do Município praiense, apenas informou o STAL que teria de ser feita uma auditoria à Cooperativa, no sentido de se apurar o número de trabalhadores a manter e os que seriam despedidos.
“A par deste inaceitável insondável incógnita, os trabalhadores que queiram aceitar a revogação do seu contrato por mútuo acordo desconhecem, igualmente, quando é que irá cessar o seu contrato”, lê-se.
Perante esta situação difícil que os trabalhadores da Cooperativa Praia Cultural vivem, o STAL manifesta, na referida publicação, “a sua total solidariedade e apoio com eles e as suas famílias”.
Citada na publicação, a coordenadora da Direção Regional do STAL de Angra do Heroísmo, Benvinda Borges, alertou para a situação “muito complexa” que se vive na cooperativa, e para a “informação insuficiente” sobre este processo de reestruturação, que coloca os trabalhadores numa situação delicada, garantindo que “nota-se medo e grande preocupação” entre os trabalhadores, já que “muitos deles são jovens”.
A dirigente sindical diz que há funcionários da cooperativa que trabalham no Tribunal, na repartição de Finanças, em creches e em ATL, não havendo ainda “garantias” de que possam ser integrados noutras instituições; e acusa a autarquia de ter “dois pesos e duas medidas”, por revelar a alguns trabalhadores que não serão despedidos.
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