
Em comunicado, o Bloco de Esquerda Açores denunciou esta quarta-feira, a recusa do Conselho Executivo da Escola Canto da Maia, em receber os deputados do seu grupo parlamentar, considerando essa recusa, “um bloqueio ao exercício democrático da oposição”.
No comunicado enviado às redações, os bloquistas açorianos destacam que esta foi a “primeira vez” que tal ocorreu “ao longo dos 15 anos de representação do Bloco de Esquerda no parlamento dos Açores” e que tal sucedeu “com o atual governo de coligação PSD, CDS e PPM”.
Para o BE, esta atitude do Conselho Executivo da Escola Canto da Maia é “inadmissível” perante “deputados eleitos democraticamente”.
O BE lembra que a “Educação é uma competência política da esfera da Região Autónoma dos Açores e a Escola Pública é um pilar da democracia”.
O Bloco de Esquerda salienta que os representantes do povo, eleitos democraticamente, “têm não só o direito, mas, acima de tudo, o dever de contactar com os responsáveis pelo funcionamento das escolas. Só assim será possível conhecer de perto a realidade de cada comunidade escolar, para perceber os seus sucessos, as suas dificuldades e as suas ambições, de forma a poder contribuir para uma melhor Educação”.
“É por isso que o Bloco de Esquerda está a realizar reuniões com conselhos executivos de várias escolas com o objetivo de perceber como está a ser preparado o início do próximo ano letivo”, lê-se no comunicado.
Para o BE/Açores, trata-se de um ano letivo que apresenta desafios particularmente difíceis, como “a falta de assistentes operacionais, a dificuldade em preencher as vagas para professores, e a introdução de novos métodos – como os manuais digitais no 5º ano e no 8º ano –, tudo isto num ano marcado também por dificuldades económicas de muitas famílias e com o regresso à normalidade no funcionamento das escolas com o fim das regras sanitárias aplicadas ao longo dos últimos dois anos”.
Desse modo, o Bloco de Esquerda “não compreende esta atitude do conselho executivo da Escola Básica Integrada Canto da Maia”, que diz tratar-se de “um desrespeito não só pela democracia, mas acima de tudo por quem trabalha e por quem estuda na própria escola”.
© BE/A | Foto: DR | PE