PROJETOS TECNOLÓGICOS IMPLEMENTADOS NA REGIÃO DEVEM APOIAR DESENVOLVIMENTO DOS AÇORES, VINCA ARTUR LIMA

O vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, vincou esta terça-feira, em Angra do Heroísmo, que os Açores não podem ser apenas o “hospedeiro” de projetos tecnológicos e científicos, mas têm de “ganhar algo para o seu desenvolvimento”.

“A determinação do Governo Regional é que os Açores sejam parceiros e tenham a ganhar algo com isto”, salientou, citado em nota do executivo o vice-presidente, defendendo que “tem de haver uma mudança de parcerias”.

“Estamos disponíveis para colaborar com todos”, em especial com a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

Artur Lima falava no TERINOV – Parque de Ciência e Tecnologia da ilha Terceira, durante uma visita ao AIR Centre, em que acompanhou a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

Ficou claro, na perspetiva do governante, que o AIR Centre deve contribuir de forma mais expressiva para a criação de emprego e de riqueza na região, gerando, assim, mais-valias tangíveis em benefício da sociedade açoriana.

Apesar da participação da Região no AIR Centre evidenciar a importância geoestratégica dos Açores no contexto internacional, Artur Lima voltou a lembrar de que o arquipélago deve beneficiar dos respetivos dividendos para o seu desenvolvimento.

“Não podemos ser só, para Portugal, a Europa e os EUA, o centro do Atlântico. Toda a gente se serve do centro do Atlântico, mas ninguém serve o centro do Atlântico”, completou.

A nível local, Artur Lima sinalizou, por exemplo, que a questão da contaminação dos solos e aquíferos da Praia da Vitória poderia ser mais bem estudada e acompanhada, a partir da utilização da tecnologia e o conhecimento científico produzido pelo AIR Centre.

“Por que não desenvolver um estudo sobre a contaminação dos solos e aquíferos da ilha da Terceira? Por que não devemos tirar partido desta tecnologia toda, ou outra que possa vir a existir, para compreender melhor este problema?”, questionou.

Artur Lima defendeu, por fim, que a ciência, corporizada através de projetos como AIR Centre, deve assumir uma utilidade social, gerando respostas digitais, inovadoras e tecnológicas que se repercutam em desenvolvimento social e humano.

O AIR Centre é uma organização colaborativa internacional com a missão de criar uma rede multinacional e transdisciplinar distribuída para promover colaborações e inovação científica transatlânticas, visando responder aos desafios globais e prioridades locais no contexto do Oceano Atlântico, através de uma abordagem integrada do espaço, clima, oceano e energia.

© GRA | Foto: VPGR | PE