
O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, confirmou esta sexta-feira Santa que vai existir uma “alteração governativa”, adiantando que na próxima segunda-feira vai “apresentar nomes” e o “sentido da orgânica” ao representante da República.
“Terei oportunidade de, no quadro que institucionalmente é próprio – e fica essa informação –, na próxima segunda-feira estar no gabinete do senhor representante da República a apresentar nomes e o sentido da orgânica do governo”, afirmou, à margem do ‘briefing’ diário sobre a crise sismovulcânica em São Jorge, no concelho de Velas, citado pela agência Lusa.
Segundo o social-democrata que lidera o Governo de coligação que junta populares e monárquicos açorianos, assim serão cumpridos “os trâmites que correspondem a um percurso de lealdade institucional de fazer primeiro o que é primeiro, dizendo primeiro a quem de direito”.
Depois, acrescentou, “será pública toda essa alteração governativa”.
Na edição desta sexta-feira, o jornal Açoriano Oriental notícia que o executivo regional vai sofrer uma remodelação, que implica a saída de secretários regionais e uma nova orgânica.
Em 06 de abril, o deputado único do Chega no parlamento regional, José Pacheco, declarou que “acabou” o apoio ao Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM e avançou que pretende reprovar o próximo Orçamento da região, que vai ser discutido no final do ano.
Segundo disse, “continuo sem ter eco das propostas” apresentadas para viabilizar o Orçamento Regional de 2022, como as viaturas para as corporações de bombeiros e os incentivos à natalidade, notando que está ainda por fazer a remodelação no executivo, como fora então exigido.
O Governo dos Açores de coligação PSD/CDS-PP/PPM é suportado no parlamento regional pelos partidos da coligação e ainda pelo o IL, Chega e o deputado independente (ex-Chega), com os quais têm acordos de incidência parlamentar.
Na quarta-feira o presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, na apresentação da sua recandidatura à liderança do partido, considerou que a cedência do Governo às exigências públicas do Chega para uma remodelação, “degradam” as instituições e “minam o sentido institucional de que ela não pode abdicar”.
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