
A Presidente do Município de Vila do Porto reivindicou hoje melhores acessibilidades para servir os marienses e permitir maior circulação de potenciais visitantes. Bárbara Chaves, que falava na sessão de abertura do I Encontro Regional do Turismo dos Açores, salientou as lacunas que “infelizmente persistem” ao nível dos transportes de passageiros aéreos e marítimos, neste último caso, sendo mesmo inexistentes desde 2020.
De acordo com a edil, com dados comparativos a 2019, último ano em que as ligações marítimas ainda existiam, e com referência ao mês de agosto, face a 2022, verificou-se um decréscimo de 19,49% e um decréscimo de 20,39% nas dormidas, o que comprova que Santa Maria continua a ser “prejudicada ao nível turístico”.
Ao nível do transporte aéreo de passageiros, a autarca adiantou que, em março deste ano, existiu uma reunião, juntamente com alguns empresários do setor, com o Presidente da SATA, “que demonstrou a sua sensibilidade para as nossas questões e abertura para trabalhar em melhores ligações para a ilha”.
“Contudo, é um problema que ainda persiste, não só no inter-ilhas como ao nível das ligações para Lisboa, com enquadramentos diferentes, é certo, mas que urgem ser resolvidos”, acrescentou.
A presidente mariense frisou que uma das áreas a continuar a investir será na promoção, enfocando a importância do apoio da Associação de Turismo dos Açores, entidade que tem estas matérias sob a sua ação, reiterando a “disponibilidade de trabalhar em conjunto”, tal como já o tinha feito no início deste ano.
“Com apenas um ano de ação, este Executivo Municipal já reuniu com o setor, já ouviu as suas reivindicações e esteve – como sempre estará – ao lado dos seus empresários. Levamos as empresas do Setor à Bolsa da Turismo de Lisboa, fizemos contactos com agências de viagens e potenciais entidades parceiras, levamos a nossa gastronomia e as nossas atividades a outros públicos”, sublinhou.
Na sua intervenção, Bárbara Chaves frisou que “os empresários do setor do turismo e dos serviços a ele relacionados na ilha de Santa Maria são um exemplo de resiliência; têm aproveitado as nossas potencialidades para criar novas formas de negócio e têm tido a coragem de se manter num ramo onde a mão-de-obra qualificada é um problema difícil de ultrapassar e onde a proximidade com a maior ilha do arquipélago não tem, refira-se, criado grandes sinergias”.
“Aproveito para lançar o repto a todos os profissionais do turismo presentes nesta sala para que aproveitem para conhecer melhor a ilha de Santa Maria e que possam encetar os melhores contactos para criarem oportunidades para ambas as partes”, salientou.
Para a presidente, falar em turismo, em Santa Maria, é promover as particularidades das suas experiências turísticas, dando exemplos como os trilhos pedestres; os trilhos cicláveis; o mergulho; os eventos culturais; o turismo ornitológico, com a presença da ave mais pequena da Europa – a Estrelinha de Santa Maria; o Geoturismo, através da promoção do seu Paleoparque; a Recuperação da Paisagem vitivinícola e a gastronomia.
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