
A Associação para a Promoção e Proteção Ambiental dos Açores (APPAA) apela às entidades públicas e privadas a diminuirem, tanto quanto possível, durante o período de campanha “SOS Cagarro 2022”, a iluminação noturna por forma a evitar a desorientação de cagarros juvenis e por conseguinte evitar quedas em terra.
Segundo a APPA, ainda que decorridos poucos dias desde o início da Campanha “SOS Cagarro 2022”, é notória a “ocorrência de numerosos casos de quedas de cagarros juvenis em terra, mesmo comparando com anos anteriores”. Uma vez caídos em terra, os cagarros juvenis não têm capacidade de levantar voo até alto mar e tem de haver a sua libertação, de manhã, de preferência junto de uma arriba alta.
A APPAA (Associação para a Promoção e Proteção Ambiental dos Açores), é uma das entidades parceiras da campanha promovida pelo Governo Regional e que tem a adesão de milhares de cidadãos, incluindo visitantes e residentes estrangeiros. Conta igualmente com a colaboração insubstituível de entidades como a Polícia de Segurança Pública.
Uma das causas principais da queda em terra dos cagarros juvenis é a desorientação causada pela iluminação. Sendo esta da responsabilidade humana, por isso, a APPAA “solicita às entidades públicas e privadas, sobretudo aos órgãos executivos das câmaras municipais, que procedam à diminuição da iluminação que seja da sua respetiva responsabilidade, durante o período da campanha”.
A APPAA apela também “à diminuição da intensidade da iluminação dos estádios e campos desportivos, usados para treinos à noite. Também as zonas litorais são muito sensíveis, provocando a desorientação, o choque com os postes de iluminação, em grande parte dispensáveis”.
A APPA apresenta como um bom exemplo, o município de Vila do Corvo, “que apaga totalmente a iluminação pública durante algumas horas”, sugerindo aos restantes municípios “que é possível, pelo menos, diminuir significativamente a iluminação nos centros populacionais da Região”.
O Cagarro é uma espécie migratória, mas três em cada quatro dos membros desta espécie nasce nos Açores. A APPAA apela à responsabilidade e colaboração de todos para defender a espécie mais açoriana de todas as existentes no planeta.
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