DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NOS AÇORES

Foi publicado recentemente (setembro de 2022) o artigo científico “Weather and Air Quality Factors Contribution to the Hospital Admissions of Patients with Respiratory Diseases: Case Study of Faial Island (Azores)”, com co-autoria da meteorologista, Fernanda Carvalho, da Delegação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) nos Açores.

O artigo que foi publicado no “International Journal of Environmental Sciences & Natural Resources”, foca-se na análise dos fatores climáticos e da qualidade do ar no desenvolvimento e exacerbação de doenças respiratórias, no contexto insular dos Açores.

A informação de base (epidemiológica, meteorológica, qualidade do ar) utilizada corresponde a dados diários de 2008 a 2019 e fornecidos pelo Serviço de Estatística do Hospital da Horta, Observatório Meteorológico Príncipe Alberto de Mónaco, e Rede de Monitorização da Qualidade do Ar do Serviço Autónomo Região dos Açores.

As conclusões do estudo mostram uma relação interessante entre os padrões de hospitalização e a sazonalidade de alguns fatores meteorológicos ou climáticos específicos como temperatura, ponto de orvalho ou vento. Além disso, a qualidade do ar (partículas suspensas, SO2, NO2 e O3) pode contribuir para um maior número de indivíduos com patologias em estudo.

Como justificativa científica, pretende-se conhecer o impacto dos fatores atmosféricos (meteorológicos e qualidade do ar) nas admissões em serviços de emergência hospitalar e internamentos. Sendo um trabalho inédito neste domínio para os Açores. O estudo visa: Rever o efeito das variáveis atmosféricas nas admissões em urgências e internamentos hospitalares; Identificar lacunas no conhecimento; Destacar futuras prioridades de investigação; Contribuir para a sensibilização da população para a redução da exposição a potenciais agravantes de doenças respiratórias; Melhorar a gestão das internações nas urgências e internações hospitalares; Contribuir para o desenho de um possível sistema de alerta ambiental para doenças respiratórias.

Aceder ao artigo científico AQUI.

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