
Em comunicado, o Bloco de Esquerda considerou esta quinta-feira, que as medidas anunciadas pelo Governo Regional para combater os efeitos da inflação “são insuficientes” e quer ver aplicadas as propostas apresentadas pelo partido e que foram aprovadas, por unanimidade, no parlamento regional.
Num requerimento dirigido ao Governo Regional, os deputados do grupo parlamentar, António Lima e Alexandra Manes, querem que o Governo explique “quando e como serão aplicadas as propostas de combate à inflação aprovadas por unanimidade no parlamento” por iniciativa do partido.
Embora o partido reconheça que as medidas aprovadas pelo Conselho de Governo são “positivas”, para o Bloco “elas não são suficientes”. O partido diz não compreender “porque ficaram de fora as outras medidas já aprovadas no parlamento por unanimidade” como o “aumento do complemento regional de pensão, o aumento da remuneração complementar e a regulação de preços”.
Considerando o aumento do COMPAMID aprovado pelo governo, como “positivo”, o Bloco observa que este “não é tão abrangente como o complemento regional de pensão, pois só se aplicará aos idosos que esgotarem o seu plafond deste apoio”. Por isso, o BE considera que “a medida que melhor responderia às necessidades dos pensionistas seria o aumento do complemento regional de pensão”.
O Bloco salienta ainda, que o Governo “não aprovou qualquer medida dirigida aos trabalhadores, insistindo em não cumprir o aumento da remuneração complementar, aprovada pelo parlamento”.
“Parece que, para o Governo Regional, os trabalhadores não são afetados pelo aumento da inflação”, aponta o Bloco.
O Bloco acusa também o Governo Regional de não cumprir com a regulação de preços de bens essenciais, “através do estabelecimento de margens máximas de comercialização, medida, também aprovada pelo parlamento e por unanimidade, preferindo deixar o mercado desregulado e sujeito a especulação de preços”.
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