A Câmara Municipal de Ponta Delgada, presidida por Pedro Nascimento Cabral, associou-se este fim de semana às comemorações do 25º aniversário da Casa do Triângulo, situada nesta cidade.

O vereador da Cultura, Sérgio Rezendes, representou o presidente da autarquia e, na ocasião, fez questão de destacar a parceria com a Casa do Triângulo, a qual se reflete no apoio à atividade cultural da Associação que, por sua vez, traz à mesa desta parceria o seu envolvimento, também, nas Grandes Festas do Divino Espírito Santo.

“As ações que a Casa do Triângulo organiza na área cultural, mais do que preservar as tradições daquelas três ilhas constituem um importante veículo de divulgação à população de Ponta Delgada e de São Miguel de modos de viver ilhéus que são fator de união de todos nós, açorianos, na nossa idiossincrasia” – sublinhou o autarca, citado em nota da autarquia, adiantando que “este quotidiano, ao ser preservado, completa a nossa identidade ilhéu e que reforça a nossa açorianidade”.

“Como maior município açoriano e maior polo de acolhimento aos que se deslocam e passam a residir temporária ou permanentemente na ilha de São Miguel, por razões de estudo e/ou trabalho, ou outras, a Câmara Municipal de Ponta Delgada vê na Associação Casa do Triângulo um importante agente de solidariedade social, no acolhimento que esta faz aos que têm de se deslocar ao Município de Ponta Delgada em situações debilitantes, proporcionando-lhes bem-estar e sentido de inclusão fora das suas ilhas de residência” – acentuou.

Sérgio Rezendes enalteceu “o meritório o trabalho que a Casa do Triângulo tem vindo a desenvolver ao longo destes 25 anos. Um trabalho que a autarquia de Ponta Delgada reconhece e que está e estará sempre disponível a apoiar, dentro das áreas e competências do Poder Local”.

Felicitou a Associação por comemorar os seus 25 anos, após dois anos de condicionamento provocado pelo confinamento e pandemia.

“Está de parabéns a associação, como também todo o concelho de Ponta Delgada. A criação da Associação nasceu de um projeto de Jorge Laranjo e Fernando Rocha, tendo sido apresentado no dia 1 de maio de 1997” – afirmou.

Esta Associação Cívica, Cultural, Social e Recreativa foi criada em Ponta Delgada por açorianos naturais e descendentes de naturais das Ilhas do Pico, Faial e S. Jorge.

Além da realização de vários eventos alusivos às tradições das três ilhas do Triângulo, a Associação tem uma forte componente de apoio social aos residentes das respetivas ilhas, seja na sua deslocação por razões de Saúde à ilha de São Miguel para tratamento, exames e consultas no Hospital do Divino Espírito Santo, seja na entrega de refeições a grupos mais necessitados.

Para albergar os picoenses, faialenses e jorgenses, a associação possui duas casas, com um total de seis quartos e 12 camas.

Em específico, as suas atividades são a preservação dos costumes das três Ilhas, os convívios entre os sócios, a receção de doentes das ilhas do Triângulo que se deslocam ao Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada.

Estes projetos, só são possíveis devido a existência de protocolos com entidades como a Câmara Municipal de Ponta Delgada, a Câmara Municipal das Velas, a Câmara Municipal da Madalena e a Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta.

Durante a cerimónia foram livro “Empresa das Lanchas do Pico, Lda.”, da autoria do Professor Jubilado da Universidade dos Açores Ermelindo Peixoto.

O livro conta a história de uma empresa de transporte marítimo coletivo de passageiros (não carga) entre as ilhas do Triângulo, sendo que a maioria se fez entre o Faial e o Pico, com o transporte diário de centenas de pessoas entre as duas ilhas para fins de trabalho e estudo na ilha do Faial.

A empresa é de meados do século XX e esteve em funcionamento até à passagem deste serviço de transportes de passageiros para a Atlânticoline, ou seja, já na primeira década do século XXI é que deixou de operar.

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