PRAIA DA VITÓRIA: DÍVIDA DO GRUPO MUNICIPAL, NO FINAL DE 2021, FOI SUPERIOR A 35 ME, INFORMA VÂNIA FERREIRA

A presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória (CMPV), Vânia Ferreira, informou esta sexta-feira os deputados municipais, na sessão ordinária da Assembleia Municipal, que a dívida financeira global do grupo municipal ascendeu, no final de 2021, aos 35.213.169,07 euros, sendo que deste valor, menos 4.895.666.85 euros transitaram para o orçamento de 2022, ou seja, no final de 2020, a dívida cifrava-se em 30.317.502,22 euros.

O grupo municipal da Praia da Vitória compreende a CMPV, a empresa de abastecimento de água e recolha de resíduos Praia Ambiente, EM e a Cooperativa Praia Cultural (CPC).

Na sessão da Assembleia Municipal que decorreu esta sexta-feira na Casa do Povo da Agualva, Vânia Ferreira, anunciou ainda que, no ano de 2021, transitaram do ano anterior 3.559.104,07 euros, resultantes de transferências para a Praia Ambiente, E.M; CPC; e instituições sem fins lucrativos.

“A situação financeira da autarquia não se encontra estabilizada ou equilibrada, como é de conhecimento público. Esta foi uma herança pesada e dura com a qual tivemos rapidamente de lidar no sentido de poder corresponder aos desafios impostos. Apesar disso, há que seguir em frente e o investimento também é necessário”, enquadrou Vânia Ferreira citada em nota de imprensa do Gabinete de Comunicação da autarquia.

Perante estes números, e considerando o Orçamento Municipal, prevê-se, no entanto, e ao nível do investimento, refere a nota, “um aumento de 80% de financiamento no âmbito da candidatura ‘Nemésio, o pai da açorianidade’, apresentada ao PRORURAL + e da GRATER, que se traduz num aumento de 32.863,43 euros. Esta assenta na dinamização da Casa Vitorino Nemésio, no sentido de potenciar a vertente cultural e turística no centro da Cidade, enaltecendo as potencialidades deste local representativo de um dos maiores escritores açorianos, Vitorino Nemésio”.

“Alavancar as potencialidades locais constitui uma das nossas prioridades, sendo a vertente turística uma das nossas maiores apostas. Neste sentido, e tendo por base os fundos de apoio, formalizamos uma candidatura que prevê um conjunto de melhorias na Casa Vitorino Nemésio, um dos ex-líbris da cidade pelo seu valor histórico e cultural. Dinamizar este espaço com atividades, envolvendo a comunidade é o nosso objetivo central, além da promoção de uma das figuras praienses mais notáveis, o escritor Vitorino Nemésio”, expôs a responsável municipal.

Vânia Ferreira referiu outra das bandeiras do seu executivo de coligação PSD/CDS-PP, assente na execução dos acordos com as juntas de freguesia, que visam o aumento de verbas na ordem dos 95 %, atingindo um total de 145.695,61 euros, valor aprovado na Assembleia Municipal de dezembro de 2021. Em 2023, o aumento será na ordem dos 162.835,14 euros, integrando assim o orçamento municipal para o próximo ano.

“A envolvência das nossas juntas de freguesias, bem como de todo o associativismo local, é fundamental para garantir a coesão do concelho. Neste sentido, optamos por assumir a importância destes fundos no âmbito daqueles que são os desafios diários enfrentados por estas entidades. Trabalhar a proximidade com o poder local contribuirá significativamente para o desenvolvimento local, algo que é e sempre será benéfico para todos nós”, salientou a presidente.

A nota camarária sublinha que, a “avaliação e determinação dos valores monetários teve por base um trabalho exaustivo realizado com as juntas de freguesia, e que não era realizado desde 2013, no sentido de conhecer de forma profunda as diferentes realidades locais, envolvendo a manutenção e limpeza de vias, zonas balneares e de espaços verdes, de entre outras necessidades”.

A 29 de novembro de 2021, em sessão extraordinária da Assembleia Municipal, na Academia da Juventude da Ilha Terceira, Vânia Ferreira anunciou um divida da CMPV, no período compreendido entre 01 de janeiro e 15 de outubro daquele ano, de 4.480.934,37 euros. Segundo divulgou na ocasião, até 15 de outubro de 2021 — data da tomada de posse do seu executivo — a CMPV apresentava um passivo de 14,64 milhões de euros, mais 2.734.544,33 euros do que no período homólogo de 2020.