
Uma mulher de 18 anos foi detida pela PSP, no concelho da Lagoa, ilha de São Miguel, pela presumível prática de vários crimes contra o património, revelou hoje o Comando Regional dos Açores.
A detenção, operacionalizada por elementos da Brigada de Investigação Criminal da Esquadra da Lagoa, foi realizada “fora de flagrante delito”, estando a jovem indiciada da “prática material e de forma consumada de 02 crimes de roubo, 07 Crimes de furto qualificado, 09 crimes de furto simples, e ainda, de um crime de furto qualificado, na forma tentada”.
Segundo a PSP, a mulher “sem apoio familiar e sem domicílio, com problemas de consumo de estupefacientes”, vitimizava principalmente “pessoas idosas ou portadoras de deficiência física, maioritariamente do sexo masculino”, atuando “com especial incidência nas freguesias de Santa Cruz e Nossa Senhora do Rosário”, no concelho da Lagoa.
De acordo com a PSP, a agora detida, “premeditava a prática destes crimes, atuando sozinha, de forma muito astuta e ludibriante”, vivendo-se um sentimento de grande insegurança nas ruas das freguesias do concelho de Lagoa, “pois foram denunciados diversos crimes contra a propriedade, com especial incidência em crimes ocorridos em viaturas a motor estacionadas na via pública e no interior de residências de pessoas idosas, através dos métodos de arrombamento e escalamento”.
A PSP acrescenta, que em alguns dos furtos, a jovem foi surpreendida pelos ”ofendidos no interior das suas habitações, colocando-se seguidamente em fuga na posse de dinheiro que lhes subtraia, sendo que, em pelo menos duas vezes, a arguida terá utilizado violência contra os ofendidos para consumar os crimes e não ser detida”.
Relativamente aos crimes de furto simples, a PSP constatou que “algumas das vítimas foram importunadas na via pública, com abordagens de carácter sexual, que após forte insistência e coação junto destas, seguimento das vítimas ou atraindo-as a locais isolados, e, inclusive, introduzindo-se sem consentimento, no interior de veículos conduzidos pelas vítimas, a suspeita que, de forma astuta, eludia as vítimas e subtraía-lhes a carteira com dinheiro e até os telemóveis pessoais”.
A investigação que culminou na presente detenção “decorreu durante diversas semanas” a cargo da Brigada de Investigação Criminal da Esquadra da Lagoa e dirigida pelo Ministério Público do DIAP de Ponta Delgada, tendo recolhida “diversos e fortes elementos de prova” que sustentaram a emissão de um mandado de detenção fora de flagrante delito, pela Autoridade Judiciária.
Presente à autoridade judiciária competente, a arguida ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
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