
A Ordem dos Enfermeiros (OE) enviou uma carta aberta ao Sr. Presidente do Governo Regional, na qual relembrou o uso de enfermeiros ao abrigo do “Estagiar L”, afirmando que esta é a única região onde isto acontece.
De forma muito breve, até porque não é novidade, o “Estagiar L” é um estágio profissional que se destina a jovens recém licenciados, com vista ao aperfeiçoamento das suas competências, bem como de familiarização com o ambiente profissional, promovendo a inserção na vida ativa.
Ora, como refere, e bem, Pedro Soares – atual presidente da OE nos Açores -, os/as enfermeiros/as não necessitam de recorrer a esse programa para atingir os objetivos definidos para o estágio, pois a avaliação das competências compete à OE, através da atribuição do Título Profissional.
Além disso, enquanto estudantes no âmbito da sua licenciatura, têm uma componente prática em ambiente hospitalar.
O BE alertou para esta injustiça, sendo que em sede de Orçamento, foi apresentada uma proposta para que a contratação de enfermeiros/as ao abrigo do Programa “Estagio L” não fosse permitida. Sabem o que aconteceu durante 4 vezes, ao longo de 4 anos, em sede de Orçamento? Rejeitada! A proposta foi rejeitada pela maioria socialista.
Mais uma prova da forma como o Governo Regional, sustentado pelo PS, fomenta a precariedade, permitindo que, neste caso, haja diferenças salariais que rondam os 500 euros.
Em 2014, esta era, também, uma preocupação para o Enf.º Tiago Lopes, à altura presidente da OE, referindo que, face aos problemas detetados para os profissionais de Enfermagem, seria feito até ao final desse ano um diagnóstico de situação de modo a suportar uma proposta para analisar e discutir com o executivo governamental. Aliás, aquando da sua vitória para a OE, salientou que a sua experiência profissional permitia-lhe conhecer as dificuldades da classe e a profissão…
Em 2020, qual será a opinião do diretor regional de saúde? E a do enfermeiro que se encontra em 2.º lugar na lista candidata do PS, pela Terceira? …partido que permite mais essa injustiça na sua classe profissional.
Alexandra Manes
Coordenadora do BE/Terceira
Dirigente do BE/Açores