DECISÃO DO TAD: PRAIENSE ACATA, MAS NÃO CONCORDA E PONDERA PEDIDO DE INDEMNIZAÇÃO

Peça da RTP/Açores dá conta da insatisfação do SC Praiense face à decisão comunicado ontem pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) que confirma a promoção à II Liga do Arouca e Vizela.

Ressalvando que a equipa da Praia da Vitória respeita a decisão judicial, a peça abre portas a um possível diferendo judicial entres as partes e a FPF, depois de recolher declarações do recentemente eleito presidente da Direção dos vermelhos da Praia.

“Os advogados das equipas envolvidas estão a estudar a possibilidade de haver outro tipo de recurso para o TAD e vamos aguardar. Dependente daquilo que todos os advogados envolvidos acharem iremos proceder em conformidade”, começa por dizer Roberto Andrade aos microfones da estação pública de televisão dos Açores, complementando, “é bom não esquecer que apesar da decisão, todos estes clubes envolvidos tiveram prejuízos financeiros muito grandes, por manterem — digamos — com os seus atletas retidos, para eventualmente fazerem um play-off”, sublinhou o novo presidente encarnado.

Deduz-se que compete aos advogados das diversas equipas interessadas, delinear a estratégia a levar a cabo nas instâncias próprias, assim como definir o rumo das mesmas, a qual poderá culminar num pedido de indemnização.

“É lógico que estes clubes que não subiram à II Liga, porque lhes foi retirada a hipótese de lutarem por algo que trabalharam durante a época passada, que pelo menos, iremos tentar uma indemnização pela parte financeira, porque os danos foram enormes”, afirmou Roberto Andrade à RTP/Açores.

A parte financeira tem sido o grande problema do Praiense nos últimos tempos e foi devido a ela que ocorreu uma crise de Direção com a demissão do anterior presidente, Marco Monteiro e de muitos dos seus pares, vindo o clube a ser dirigido até à última Assembleia eletiva por uma Comissão Administrativa, liderada precisamente pelo atual presidente.

No cerne da questão esteve o relatório e contas da época anterior, que foi liminarmente rejeitado pela maioria dos sócios presentes na reunião magna dos “vermelhos” da Praia. Em consequência, a Direção caiu e tomou posse uma comissão administrativa que se comprometeu a realizar uma auditoria às contas do clube e da SAD, para posterior submissão a nova votação da Assembleia, num prazo, então estimado, de um mês e meio.

Ocorre que até hoje, passados mais de dois meses, a referida Assembleia Geral realizou-se a 06 de junho, o relatório e contas continua por submeter a apreciação do órgão máximo do clube.

“Como foi dito desde início, iria ser feito uma auditoria quer às contas da SAD quer do clube. Vamos aguardar mais uns dias, não tem sido fácil, e com base nisso, depois iremos tornar pública as contas, e aprová-las em Assembleia Geral”, declarou a propósito Roberto Andrade à RTP/Açores.

Com contas incertas e sem indeminização garantida, resta ao clube da Praia da Vitória uma única e insofismável certeza – na próxima época disputará o Campeonato de Portugal.

PE

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