
A Diocese de Angra pôs em marcha o seu plano de contingência face à pandemia Covid-19, recomendando o cancelamento de atividades que envolvam a participação de pessoas fora da região. O plano, para já, não deixa qualquer recomendação para cancelamento de celebrações litúrgicas, deixando contudo aos párocos “a melhor decisão”.
A diocese de Angra decidiu recomendar o cancelamento de todas as atividades promovidas por movimentos e instituições ligadas à igreja, que envolvam pessoas de fora da região, até à Páscoa, mantendo apenas as atividades de catequese que acompanharão as opções tomadas para a escola pública e as celebrações litúrgicas, informa uma notícia em destaque no portal diocesano “Igreja Açores”, publicada esta quinta-feira, 12 de março.
“As entidades diocesanas e demais pessoas coletivas canónicas promotoras de eventos que envolvam participantes de fora da Região Autónoma dos Açores devem cancelar as suas atividades programadas até à Páscoa, bem como devem ser evitadas as deslocações para fora da região” escreve-se na publicação citando um comunicado assinado pelo Vigário Geral e enviado para todas as instâncias da igreja diocesana.
A Cúria recomenda ainda que durante a Quaresma, período que a Igreja vive por estes dias, para não serem celebrados comunitariamente as tradicionais celebrações da Santa Unção por se destinarem a um grupo vulnerável e doente. Por outro lado, o comunicado deixa ainda recomendações para a sexta-feira santa, concretamente para a adoração da cruz que deve ser feita “com a genuflexão do joelho ou inclinação e não através da habitual osculação”.
Segundo enquadra a notícia, “as recomendações da diocese surgem em articulação com as medidas que o Governo Regional recentemente tomou, através da autoridade de saúde e também as medidas já sugeridas pela Conferência Episcopal Portuguesa que recomendou a supressão do abraço da paz nas missas, a comunhão na mão e o esvaziamento das pias de água benta”.
No entanto, a diocese, para já, não deixa qualquer recomendação para cancelamento de celebrações litúrgicas, deixando contudo aos párocos “a melhor decisão”.
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