ASSEMBLEIA MUNICIPAL: CMPV APRESENTA CONTAS 2023

A Câmara Municipal da Praia da Vitória (CMPV), em 2023, reduziu o prazo de pagamento a fornecedores e reduziu o financiamento bancário em 22%. As informações encontram-se no relatório de Prestação de Contas da Autarquia, apresentado à Assembleia Municipal da Praia da Vitória, que reuniu terça-feira, dia 30 de abril, na Casa do Povo da Agualva.

Para a Presidente da Autarquia, os dados demonstram que a estratégia de reestruturação “começa a dar resultados”.

“O relatório de 2023 demonstra não só uma redução do endividamento, mas também o retomar da capacidade municipal de pagar aos seus fornecedores em prazos aceitáveis, de prestar apoio ao associativismo local, de cumprir os seus compromissos e, além disso, de garantir o honrar o processo de internalização dos funcionários da Cooperativa Praia Cultural, conferindo-lhe estabilidade profissional e um estatuto justo em relação aos colegas da Câmara”, explica Vânia Ferreira citada em nota de imprensa do município.

“É verdade que registámos em 2023 um aumento da receita total cobrada, por via, particularmente do IMT, mas também é evidente que os processos de reestruturação e de gestão rigorosa que temos vindo a implementar, tem-nos permitido, paulatinamente, ir desafogando financeiramente o Município, para que, a breve trecho, volte a ser um motor de desenvolvimento”, sublinha.

Segundo a Presidente da Câmara Municipal, no ano passado, registou-se um aumento de cerca de 1 milhão de euros na receita cobrada e um aumento de 3,5% na despesa paga, reduzindo os compromissos municipais com os seus fornecedores.

Relativamente à execução, a Autarquia fecha o ano de 2023 com 84,85% da receita e 81,80% da despesa executadas, “o que representa a aproximação à meta de 85%, comparativamente a 2022”.

“Introduzimos ainda mecanismos de contabilidade de gestão, o que nos tem permitido a correta análise e avaliação dos indicadores e dados financeiros e económicos, sustentando de melhor forma a tomada de decisão”, refere.

A Presidente da Câmara Municipal reconhece, pelo contrário, que o setor empresarial local (Praia Ambiente e Cooperativa Praia Cultural) continua a ser o motor do desequilíbrio financeiro municipal.

“No ano passado, a Praia Ambiente fecha as contas com um resultado líquido negativo de 173 mil euros e a Cooperativa Praia Cultural com o resultado líquido negativo de 383 mil euros. No primeiro caso, a razão principal prende-se com a assunção de imparidades de ativos depreciáveis, a passagem de ativos imóveis para o Município (dado não se enquadrarem na atividade da empresa) e o passivo (que ascende a 2,2 milhões de euros). No caso da CPC, o principal contribuinte para o resultado negativo é o aumento das taxas de juro. Passamos de compromissos de 152 mil euros para 300 mil euros”, explica Vânia Ferreira.

Apesar do resultado negativo, segundo a autarca, a Praia Ambiente conseguiu reduzir o passivo não corrente em 13%, os pagamentos a fornecedores em 19% e reduziu o prazo médio de pagamentos de 127 para 112 dias.

“Temos vindo a proceder a muitos ajustes, mas é um processo demorado dado os passivos e o estado de muitas infraestruturas, equipamentos e materiais, que nos tem obrigado a um esforço enorme para alterar o estado das coisas”, conclui Vânia Ferreira.

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