DIA DA REGIÃO 2022: QUATRO INSÍGNIAS AUTONÓMICAS ATRIBUIDAS A INSTITUIÇÕES DA ILHA TERCEIRA

Das 26 insígnias honoríficas açorianas atribuídas esta segunda-feira nas comemorações do Dia da Região Autónoma dos Açores, que decorreu no Auditório Nonagon – Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, no concelho da Lagoa, quatro foram atribuídas a instituições da ilha Terceira.

Receberam a Insígnia Autonómica de Mérito Cívico a Associação de Futebol da Angra do Heroísmo (AFAH); Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo (AHBVAH); Cozinha Económica Angrense (CEA); e a Sociedade Filarmónica Espírito Santo da Agualva (SFESA).

Das mãos do presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Luís Garcia, recebeu o presidente da AFAH, Maurício Toledo, e o presidente da SFESA, Marco Rocha. Das mãos do presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, recebeu o presidente da AHBVAH, Décio Santos, e o presidente CEA, Carlos Raposo.

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DA ANGRA DO HEROÍSMO

Fundada em 1921, é a associação de futebol mais antiga dos Açores, contando já com um século de existência.

Na qualidade de entidade de utilidade pública tem sido um motor para o desenvolvimento do desporto na Região Autónoma dos Açores, contribuindo para a promoção da prática desportiva e adoção de vida saudáveis.

Ao longo da sua existência, a Associação de Futebol da Angra do Heroísmo tem trabalhado, maioritariamente, para o progresso das modalidades desportivas sob sua alçada, estando representada através dos seus filiados em provas de âmbito regional e nacional, em futebol e futsal.

Atualmente, a associação conta com trinta e três clubes inscritos e 123 equipas com atividade competitiva oficial, que ultrapassam, largamente, os dois mil atletas.

É o organismo que tutela as competições, os clubes, os atletas e restantes agentes desportivos de futebol e futsal nas ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa.

ASSOCIAÇÃO HUMANTIÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ANGRA DO HEROÍSMO

Fundada a 1 de março de 1922, pelo Tenente-Coronel Francisco Paulo Rego, foi considera, na primeira metade do século XX, como uma associação de bombeiros mais completa do país, tanto a nível material como de recursos humanos.

Durante muito tempo, em sede de bombeiros funcionou na Praça Velha, desaparecendo daquele local no final de fevereiro de 1964.

Durante a construção das novas instalações, na Praça Arantes e Oliveira, as viaturas da bombaria estacionaram na área da pedreira da Av. Infante Henrique, tendo a mudança definitiva para o novo quartel ocorrido em março de 1967.

Para além do quartel principal, a associação conta também com uma secção destacada na freguesia dos Altares, fundada a 2 de setembro de 1990, e que dá suporte a toda a zona oeste da ilha Terceira.

Ao longo do século, foram muitos os elogios camarários e oficiais atribuídos à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, salientando a perícia e o adestramento daquele corpo de bombeiros em exercícios públicos e destacando a sua ação positiva no combate a sinistros.

O papel desenvolvido pelos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo tem sido de importância fulcral para a segurança e manutenção da saúde pública, através do desempenho de diversas missões, nomeadamente, o transporte de doentes, assistência em acidentes e catástrofes, bem como combate a outros sinistros.

COZINHA ECONÓMICA ANGRENSE

Fundada a 17 de abril de 1897, por iniciativa da terceirense Maria Guilhermina de Bettencourt Mesquita, tinha como objetivo social distribuir, gratuita e diariamente, refeições a 20 pessoas, bem como refeições diárias a pessoas ou famílias, a preços ajustados às condições socioeconómicas de cada beneficiário.

O sismo de 1 de janeiro de 1980 afetou a sede da instituição condicionando, fortemente, a sua atividade. Por João Maria Borges da Costa de Sousa Mendes, restaurou e construiu uma nova cozinha, para prosseguir a atividade de confecionar e distribuir refeições a famílias carenciadas.

Este impulso, associado ao estabelecimento de acordos e parcerias com outras instituições de solidariedade social, assegurou, até ao presente, o propósito inicial da instituição, dando continuidade ao fornecimento de refeições, de segunda a sexta-feira, a pessoas e famílias das freguesias citadinas de Angra do Heroísmo, a preços ajustados ao rendimento mensal de cada um.

A instituição abraça ainda outras missões, nomeadamente, a distribuição de cabazes alimentares, no âmbito do Programa Comunitário de Apoio a Carenciados, integrando também a Rede de Apoio Integrado ao Cidadão em Situação de Exclusão Social.

SOCIEDADE FILARMÓNICA ESPÍRITO SANTO DA AGUALVA

Foi fundada no dia 19 de março de 1922, por iniciativa do Dr. Francisco Ávila Gonçalves, contando à altura com pouco mais de 10 elementos que serviam o Espírito Santo e abrilhantavam as festividades em honra da padroeira da freguesia, Nossa Senhora do Guadalupe.

Nos estatutos de criação Sociedade Filarmónica Espírito Santo da Agualva afirmava-se que tinha como objetivo “contribuir para o progresso e engrandecimento da freguesia, proporcionando aos seus habitantes alguns passatempos, por meio de tocatas públicas”.

Desde 1995, que a Filarmónica realiza digressões às várias ilhas dos Açores e, em 2005, deslocou-se aos Estados Unidos da América, assumindo, assim, um papel fundamental na preservação da identidade açoriana junto das comunidades luso-americanas.

Em 2014, iniciou um percurso dinâmico que inclui atuações em Praça de Toiros da ilha Terceira, atuações nas Festas da Praia, concertos temáticos com vozes da ilha, formações musicais, concursos de bandas filarmónicas, entre outras atividades.

Em 2021, a banda lançou o livro infantil “Ainda Não é Bem Isto”, da autoria do músico Diogo Ourique, ilustrado pelo também agualvense Abel Mendonça e pintado pelas crianças do Centro de Atividades de Tempos Livres da Agualva.

Com uma forte vertente na formação musical, a Filarmónica conta, atualmente, com cerca de 55 elementos, que continuam empenhados a dinamizar as festividades dentro e fora da ilha.

Sendo a instituição mais antiga da Agualva no ativo, a Filarmónica contribuiu fortemente para enraizamento da cultura musical na freguesia e é um pilar aglutinador da comunidade onde se insere.

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