
Sair da Ilha neste momento, só por razões de ordem profissional, ou por outras de importância máxima, tais como doença ou de compromissos inadiáveis! E digo isto, porque envolve uma responsabilidade acrescida, não só pelo risco que corremos de nos infectarmos, como também, a todos aqueles que nos rodeiam, após o regresso…
Para quem carrega nos ombros, o peso da responsabilidade, como disse atrás, é um passar os dias e as horas, numa constante agonia, envolta pelo medo daquele inimigo invisível, que pode passar por nós a qualquer hora e nos apanhar desprevenidos…
No regresso são prestadas as contas, que tanto podem dar certo como não… depois de pelo menos uma semana de ansiedade, na espera do resultado final!
Saí da Ilha, quando ainda jovem, para defender a pátria, numa guerra sem sentido, mas mesmo assim, poderia sair de vencedor, aquele a que chamamos, da lei do mais forte!
Nesta guerra que enfrentamos no momento, o inimigo não se vê, embora nos surja a cada canto! Só nos avisa, que nos mantenhamos à distância, cubramos o rosto nos recintos fechados e fujamos dos grandes aglomerados…
Diz-nos ainda que, ou mudamos os costumes do passado, transformemos as atitudes do presente, ou seremos uns eternos sofredores, tanto dele, como dos seus descendentes, que jamais nos deixarão em paz! 🤨
Sair da Ilha! Só por ti minha neta, que és sangue do meu sangue e carne da minha carne…
Fernando Mendonça*
(*) Por opção, o autor rejeita o AO90.
