BLOCO DE ESQUERDA REAFIRMA REJEIÇÃO DA “SORTE DE VARAS” E SAÚDA MOBILIZAÇÃO POPULAR

O deputado António Lima saudou os milhares de cidadãos que subscreveram a petição contra o eventual regresso da “sorte de varas” aos Açores, deixando garantias de que o Bloco de Esquerda “não permitirá qualquer retrocesso” na defesa do bem-estar animal. As posições foram divulgadas esta quinta-feira em comunicado de imprensa do BE/Açores.

O Bloco de Esquerda dos Açores voltou a manifestar-se firmemente contra a reintrodução da “sorte de varas” na região, saudando “os milhares de peticionários” que se mobilizaram para travar essa possibilidade. A reação foi divulgada esta quinta-feira em comunicado de imprensa do partido, na sequência do debate parlamentar da petição “Contra o regresso da sorte de varas aos Açores”.

Segundo o comunicado, António Lima recordou que a polémica surgiu depois de o secretário regional da Agricultura ter admitido, há alguns meses, essa eventualidade num fórum taurino realizado na ilha Terceira. O deputado sublinhou que “as palavras de um membro do governo têm de ser levadas a sério”, razão pela qual “tanta gente assinou a petição para evitar qualquer tentativa de voltar a permitir esta prática nos Açores”.

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No mesmo documento, o parlamentar descreve a “sorte de varas” como “uma prática que consiste em picar o touro de forma bastante violenta, causando danos musculares e neurológicos gravíssimos”. Para o Bloco, a dimensão da mobilização pública demonstra a rejeição social de um regresso dessa técnica taurina ao arquipélago.

Lima criticou ainda declarações recentes de responsáveis políticos, referindo que, quando o secretário regional afirma que “a tourada é uma escola de cidadania”, ou quando o PSD sustenta que “não picar o touro é o mesmo que ter o Cristiano Ronaldo a jogar num campo de futebol pelado”, fica claro que “é preciso mudar mentalidades”.

O deputado do BE salientou que “ainda há muito caminho a percorrer nos Açores em relação à defesa do bem-estar animal” e reafirmou o compromisso político do partido: impedir o regresso da “sorte de varas” e evitar “outros retrocessos” nesta matéria na Região Autónoma.