O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Tibério Dinis, pronunciou-se hoje, na sua página política da rede social Facebook, sobre os acontecimentos do último sábado, manifestando-se revoltado e perturbado com à traição de um açoriano ao seu povo e à sua Região.

Nessa publicação, na página lançada aquando das eleições autárquicas de 2017, Tibério Dinis, diz não estar surpreendido com a decisão judicial relativamente às quarentenas, porque “sempre houve e sempre haverá decisões dos tribunais que são centralistas e contra a Autonomia dos Açores”.

Segundo escreve, não lhe surpreende também o facto de um cidadão discordar das quarentenas obrigatórias e haver um advogado que o defenda, porque “sempre houve e sempre haverá cidadãos e advogados a defender as mais diferentes causas e princípios”.

O que verdadeiramente lhe “surpreende, revolta e perturba é ter sido um açoriano a defender uma causa contra a Autonomia dos Açores e contra o Povo dos Açores. Ter sido um açoriano que já representou açorianos na Assembleia Regional, a Casa da Autonomia, onde se defendem as causas e os princípios do Povo Açoriano e da Autonomia dos Açores”.

A posição de Tibério Dinis surge no seguimento da decisão judicial do passado sábado, do Tribunal de Ponta Delgada, que deu provimento ao pedido de “Habeas Corpus” de um cidadão que estava de quarentena em unidade hoteleira, sendo seu constituinte o advogado natural de Santa Maria e residente em Ponta Delgada Pedro Gomes, que já exerceu as funções de deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, eleito pelo Partido Social Democrata.

Na sequência dessa decisão e por iniciativa própria — decisão judicial aplica-se exclusivamente ao requerente, — o Governo dos Açores determinou o fim das quarentenas obrigatórias em hotéis da Região, impondo, no entanto, 4 alternativas obrigatórias a quem chega à Região vindo do exterior.

PE