O colégio e jardim de infância “O Gu e a Tita” lançou a segunda edição do suplemento “Correio dos Pequeninos”, cumprindo assim o compromisso assumido há quinze dias.
Esta rubrica integra o jornal infanto-educativo “Da Janela d’Gu e a Tita” e tem como objetivo dar voz às experiências, sentimentos e descobertas das crianças no seu quotidiano de aprendizagem. Cada edição reflete, no ponto de vista dos mais novos, o seu processo de aprendizagem e crescimento.

“As Contas do Gu”
Sabes o que eu mais gosto de fazer? Brincar lá fora com coisas que a natureza dá! Às vezes, nem parece que estou a aprender… mas a professora diz que estou a fazer contas com a cabeça! Ela chama isso de “raciocínio lógico-matemático” — que nome grande, não é? Eu só sei que é giro!
Hoje, por exemplo, apanhei montes de folhas diferentes no recreio. Umas eram grandes, outras pequeninas. Algumas tinham pontas, outras eram redondas. Fiz montes de montinhos: um só com folhas grandes, outro só com as verdes, outro só com as que pareciam estrelas. A professora disse que eu estava a classificar. Eu só sei que parecia que estava a fazer coleções mágicas!
Outro dia, fiz uma fila com pedras do maior para o mais pequenino. Fiquei a ver qual era mais comprida, qual era mais redonda. Isso chama-se seriação! E eu nem sabia que sabia fazer isso — mas agora quero ser “cientista das pedras”!
Também gosto muito de brincar com areia e água. Quando tenho baldinhos iguais, encho com areia e comparo: “Este tem mais, este tem menos!” Se eu juntar um bocadinho mais, o que será que acontece? E se tirar? Estou sempre a contar, a experimentar, a fazer contas com as mãos.
E há mais! Uma vez fizemos pinturas com carimbos de folhas e rolhas. Eu contei quantos carimbos fazia de cada cor. Depois reparei: “Tenho 4 vermelhas e 2 verdes… quantas há no total?” A professora sorriu e disse: “Estás a somar, Gu!”
Também já contei grãos de feijão, fiz caminhos com paus (um curto e um comprido!), e usei conchinhas para fazer padrões — uma, duas, uma, duas… Que engraçado ver como se repetem!
Na terra, fiz buracos com o pau e escondi tesouros dentro. Depois tive de lembrar em que ordem tinha posto cada coisa. Tive de usar a cabeça como um mapa!
Lá fora, cada dia é uma aventura de contar, ordenar, comparar. A areia, a água, as pedras e os pauzinhos são os meus brinquedos preferidos — e nem precisam de pilhas! Acho que a matemática está mesmo em todo o lado… até debaixo das minhas unhas cheias de terra!
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