CAMPANHA “SOS CAGARRO” PERMITIU LIBERTAR MAIS DE 7.500 AVES EM 2025

A Campanha “SOS Cagarro” resultou, em 2025, na recolha de 7.890 aves em toda a Região Autónoma dos Açores, com a libertação de 7.577 juvenis junto ao mar, afirmou o Secretário Regional do Mar e das Pescas, Mário Rui Pinho, que destacou a iniciativa como uma das principais medidas regionais de mitigação da poluição luminosa.

Segundo a nota de imprensa emitida ontem, segunda-feira, 29 de dezembro de 2025, pela Secretaria Regional do Mar e das Pescas, Mário Rui Pinho sublinhou que a Campanha “SOS Cagarro”, com cerca de 30 anos, “consolida-se a cada ano como uma resposta operacional estruturada”, constituindo igualmente “um exemplo de envolvimento da sociedade civil”.

Embora coordenada pela Direção Regional de Políticas Marítimas (DRPM), a campanha é descrita como um esforço coletivo, envolvendo entidades públicas, organizações não-governamentais, associações, voluntários e cidadãos, unidos na proteção de uma espécie considerada emblemática dos Açores.

De acordo com o balanço da edição de 2025, além das aves libertadas, a DRPM assegurou o encaminhamento de exemplares feridos através de contratos celebrados com sete clínicas veterinárias distribuídas pelas várias ilhas, garantindo, segundo a tutela, a capacidade de resposta técnica e o bem-estar animal durante o período crítico do primeiro voo dos juvenis.

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“Graças a este envolvimento, conseguimos garantir a cobertura territorial e a eficácia operacional indispensáveis para reduzir a mortalidade de juvenis durante o seu primeiro voo”, afirmou Mário Rui Pinho, citado na nota informativa, reconhecendo o contributo de parceiros como a Associação para a Promoção e Proteção Ambiental dos Açores (APPAA), a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), os Montanheiros, a Marine Waste, a Asas do Mar e o Observatório do Mar dos Açores, bem como das forças de segurança, bombeiros e autarquias.

O governante destacou ainda o desenvolvimento de ações destinadas a avaliar e mitigar os impactos da poluição luminosa, “através de uma abordagem integrada que concilia a conservação da biodiversidade com a eficiência energética e o ordenamento do território”. Neste âmbito, referiu o contributo do projeto LuMinAves, que resultou num manual de boas práticas de iluminação, e a participação da Região no projeto Natura@Night.

Estas iniciativas, desenvolvidas em articulação com técnicos, Vigilantes da Natureza, parceiros científicos e associações do ambiente, enquadram-se, segundo a Secretaria Regional, nos objetivos do LIFE IP Azores Natura, reforçando a coerência entre a proteção das aves marinhas e o planeamento estratégico regional.

Mário Rui Pinho concluiu reafirmando que a DRPM continuará a valorizar o contributo de todos os intervenientes, defendendo que “este é um caminho de progresso que queremos continuar a trilhar, promovendo a análise dos resultados e mantendo-nos abertos a propostas de melhoria que contribuam para o reforço da eficácia da campanha e para a conservação sustentável do cagarro”.

© GRA | Foto: SRPM | PE