
Representantes das instituições europeias, especialistas e entidades das Regiões Ultraperiféricas reúnem-se esta semana para avaliar o impacto das propostas da Comissão Europeia para o Quadro Financeiro Plurianual 2028–2034, num encontro promovido pelos eurodeputados André Franqueia Rodrigues, Juan Fernando López Aguilar e Sérgio Gonçalves.
De acordo com uma nota de imprensa divulgada esta segunda-feira, 8 de dezembro de 2025, pelo Gabinete do eurodeputado André Franqueia Rodrigues, o encontro insere-se na agenda da Aliança pelas Regiões Ultraperiféricas (RUP), lançada em outubro, e pretende discutir as consequências das alterações propostas pela Comissão Europeia ao orçamento comunitário e às políticas que, ao longo de décadas, têm reconhecido as especificidades destes territórios.
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As novas propostas introduzem mudanças profundas na arquitetura financeira da União Europeia, colocando em causa mecanismos que têm assegurado coesão e solidariedade territorial. “O que está em causa é a capacidade de a União Europeia continuar a garantir coesão, solidariedade e justiça territorial”, afirmou Andreia Franqueia Rodrigues, citada na nota. O eurodeputado sublinhou ainda que “regiões como os Açores e a Madeira precisam de um orçamento europeu robusto, previsível e capaz de responder às suas vulnerabilidades estruturais”.
O programa da conferência inclui um painel dedicado à Política de Coesão e ao papel das RUP no próximo Quadro de Financiamento da União Europeia, com a participação do eurodeputado açoriana. Segue-se um painel centrado na perspetiva regional, que reunirá representantes de universidades, associações empresariais e organizações das regiões ultraperiféricas. Entre os oradores confirmados está João Carlos Teixeira, Presidente da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade dos Açores.
A iniciativa, organizada em conjunto com os eurodeputados Juan Fernando López Aguilar, das Canárias, e Sérgio Gonçalves, da Madeira, reforça a ação política concertada em defesa das políticas europeias que garantem igualdade entre territórios e a correção das desvantagens permanentes das RUP. Para Andreia Franqueia Rodrigues, este é o momento de unir esforços: “Só com uma frente comum, que envolva decisores, economias locais e sociedade civil, conseguiremos proteger aquilo que tantas vezes foi posto em causa: o direito das nossas regiões a não serem deixadas para trás.”
A conferência marca o início de um ciclo de negociações considerado decisivo para o futuro das Regiões Ultraperiféricas no contexto europeu.
© GE-AFR | Foto: GE-AFR | PE
