CHEGA/AÇORES QUESTIONA EXECUÇÃO DO PRR E ALERTA PARA POBREZA CRESCENTE NA REGIÃO

O líder parlamentar do Chega/Açores, José Pacheco, afirmou esta segunda-feira, 24 de novembro, na abertura do debate do Plano e Orçamento da Região para 2026, na Horta, que “há questões na Região cujas respostas só aparecem um ano depois, exatamente no debate do Plano e Orçamento”, alertando para a falta de clareza sobre o futuro dos Açores após a execução do PRR. As declarações foram divulgadas em nota de imprensa pelo partido.

De acordo com o comunicado, José Pacheco reconheceu o compromisso com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “desenhado pelo PS e a tentar ser executado pela Coligação”, mas sublinhou que esse investimento não pode ser “o fim do caminho”. “Precisamos de saber o que vai acontecer aos Açores depois do PRR, que é dinheiro grátis que pouco ou nada soubemos gerir. Imagine-se o dinheiro dos contribuintes”, afirmou.

O deputado deixou várias questões que considera carecerem de resposta, nomeadamente na área da habitação: “Que tipo de habitação queremos? Caminhamos para a habitação social ou para o arrendamento com opção de compra, que nunca chegou a ser apresentado nesta Assembleia?”.

Na saúde, José Pacheco questionou “onde está a reconversão do Hospital do Divino Espírito Santo, depois do incêndio”, e quando será implementado o cheque-saúde, uma medida apresentada pelo Chega e aprovada na Assembleia Regional, mas que “nunca entrou em vigor”.

O parlamentar lembrou ainda os gastos diários de dois milhões de euros na saúde, educação e segurança social, sugerindo que poderiam ser menores “se houvesse mais fiscalização às baixas fraudulentas e ao assistencialismo do RSI”. Acrescentou também a necessidade de clarificar “quando será feito o desmame das Cooperativas que vivem na sombra dos contribuintes”.

José Pacheco criticou ainda a postura do Governo Regional face ao Governo da República, afirmando que “enquanto os Açores forem resolvendo, a República não se preocupa em mandar o dinheiro”. Referiu como exemplos a Lei de Finanças Regionais, os tribunais, as forças de segurança e a Universidade.

Concluindo a sua intervenção, o líder parlamentar do Chega/Açores afirmou: “Continuamos a ser cada vez mais pobres. Financeiramente os Açores estão cada vez mais pobres e cada vez mais dependentes”.

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