PS/AÇORES RESPONSABILIZA GOVERNO PELA SAÍDA DO COORDENADOR DA EMA-ESPAÇO

O deputado socialista José Miguel Toste acusou o Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades de ser responsável pela degradação que levou à saída do ex-coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço (EMA-Espaço), apontando falhas de liderança e incapacidade política na gestão do setor.

De acordo com nota de imprensa divulgada a semana passada, pelo PS/Açores, José Miguel Toste afirmou que a saída de Paulo Quental da coordenação da EMA-Espaço “não surgiu de forma inesperada, mas resultou da incapacidade política da tutela em assegurar estabilidade, orientação estratégica e condições de trabalho”.

Durante a audição realizada na Comissão de Assuntos Sociais, o Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades admitiu ter identificado, desde abril de 2024, divergências estratégicas com Paulo Quental, por considerar que o ex-responsável defendia uma visão mais centralizada para o setor, contrária à orientação do Governo.

Perante esta declaração, José Miguel Toste questionou o motivo pelo qual o Governo permitiu que a situação se prolongasse até à “degradação total” das condições de funcionamento da estrutura. “Se o Secretário sabia, desde abril, que existiam divergências profundas e incompatíveis, porque deixou que a situação se arrastasse até ao limite? A responsabilidade do ponto a que chegámos é única e exclusivamente da tutela”, afirmou.

O deputado recordou ainda que, na audição anterior, Paulo Quental denunciou constrangimentos impostos pela tutela, como a falta de acompanhamento político, a nomeação de responsáveis sem perfil técnico, a redução de 50% do orçamento e a ausência de uma estratégia clara. Para os socialistas, estes elementos “confirmam que a instabilidade nasceu dentro do Governo e não da estrutura”.

Na mesma nota, o PS/Açores conclui que esta postura “demonstra falta de liderança e incapacidade de gestão política num setor estratégico para o desenvolvimento científico e tecnológico da Região”, reforçando a crítica à atuação da tutela no processo que culminou com a saída do coordenador da EMA-Espaço.

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