O Bloco de Esquerda dos Açores considera “inadmissível” que o pagamento de salários e do 14.º mês aos trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e Misericórdias da Região possa estar em causa devido a alegados atrasos na assinatura de contratos de financiamento com a Segurança Social. A posição foi divulgada esta terça-feira, 11 de novembro, através de comunicado de imprensa do partido.
Para o BE, “o pagamento de salários não pode de modo algum ser colocado em causa por qualquer atraso que possa existir”. No mesmo comunicado, o partido defende que tanto o Governo Regional como o Governo da República devem garantir “desde já” os recursos financeiros necessários às instituições, sublinhando que estas devem “fazer todos os esforços necessários para que milhares de trabalhadores não fiquem sem a sua remuneração, ainda para mais na época festiva de fim de ano”.
O partido exige explicações do Governo Regional quanto aos motivos do atraso nas transferências de financiamento às IPSS e Misericórdias. Segundo o BE, importa apurar se se trata de “má vontade de um mau Governo da República do PSD e do CDS que desrespeita os Açores, como já reconheceu o Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores”, ou se existem “outros motivos”, nomeadamente problemas financeiros da própria Região.
No comunicado, o BE recorda que, a 30 de outubro de 2025, o presidente do Governo Regional participou no Conselho de Ministros, reunião que o executivo açoriano classificou como “histórica”. Contudo, o partido critica o facto de o encontro “não ter servido para resolver este grave problema, nem tão pouco os atrasos já verificados no pagamento aos trabalhadores portugueses da base das Lajes”.
O Bloco conclui que a participação de José Manuel Bolieiro no Conselho de Ministros “não serviu para resolver os problemas mais prementes entre os Açores e a República, mas apenas para tirar uma fotografia sentado à mesa do Conselho de Ministros”.
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