CDS-PP TERCEIRA CRITICA “TRIUNFALISMO” NOS ANÚNCIOS DE NOVAS ROTAS AÉREAS E EXIGE EQUIDADE NA PROMOÇÃO TURÍSTICA

A Comissão Política da Ilha Terceira do CDS-PP saudou a abertura de novas rotas aéreas para os Açores, mas rejeitou o que considera ser um “discurso triunfalista” que não reflete a realidade de todas as ilhas. A posição foi divulgada esta sexta-feira, 7 de novembro, em nota de imprensa enviada às redações.

De acordo com o comunicado, o CDS-PP Terceira defende que cada nova rota que aproxime os Açores da Europa e do mundo é positiva. No entanto, alerta que declarações como “na próxima época alta teremos cerca de 15 companhias aéreas a operar para os Açores” não traduzem a realidade do arquipélago na sua totalidade.

Segundo refere a estrutura política, os anúncios têm sido “concentrados em Ponta Delgada”, citando como exemplo a recente rota Viena–Ponta Delgada da Austrian Airlines, semanal e sazonal, com início previsto a 30 de junho de 2026. Na Terceira, pelo contrário, e “de acordo com informação oficial mais recente para o Inverno IATA 2025/26”, estão previstas apenas três companhias com operação regular: Azores Airlines, TAP Air Portugal e Ryanair, num total de seis rotas (Lisboa, Porto e Boston).

O CDS-PP Terceira afirma valorizar a transparência e defende que as comunicações sobre novas ligações aéreas “deveriam ser discriminadas por gateway, por companhia e por frequências, para que não restem dúvidas sobre a estratégia de promoção e captação de rotas e companhias aéreas”.

Na mesma nota, o partido sublinha que o impacto crescente do turismo na economia açoriana e o investimento realizado pelos empresários do setor, em todas as ilhas, justificam “uma comunicação transparente sobre a estratégia de promoção dos Açores, para que não se pense que o reforço chega, por igual, a todas as ilhas”.

A Comissão Política da Ilha Terceira reafirma ainda a defesa de “uma política de acessibilidades equilibrada e descentralizada”, argumentando que a ilha tem “procura, mercado e já demonstrou capacidade para rotas internacionais”.

O apelo é claro: “O que pedimos é simples: equidade territorial, mais ligações para a Terceira e menos marketing estatístico. Os Açores são nove ilhas.”

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