O Bloco de Esquerda dos Açores alertou para o encerramento da biblioteca escolar da Escola Francisco Ornelas da Câmara, na Praia da Vitória, devido à falta de assistentes operacionais, exigindo explicações ao Governo Regional.

Num comunicado de imprensa divulgado esta quinta-feira, 6 de novembro, o BE/Açores adianta ter enviado um requerimento ao Executivo Regional no qual considera que a biblioteca escolar é “uma ferramenta essencial para garantir o acesso ao conhecimento, promover a igualdade de oportunidades e formar alunos mais preparados, críticos e participativos”.

O documento, assinado pelo deputado António Lima, questiona o Governo sobre que ações estão previstas para garantir a reabertura do espaço e para quando está prevista essa reabertura. O partido quer ainda saber quantos assistentes operacionais estão atualmente afetos à Escola Francisco Ornelas da Câmara e qual o número necessário para assegurar o funcionamento pleno da biblioteca.

De acordo com o Bloco de Esquerda, o encerramento por falta de pessoal contraria as declarações recentes da secretária regional da Educação e Cultura, que afirmou estar a reforçar os recursos humanos nas escolas e a facilitar a substituição de assistentes operacionais através da criação de bolsas de recrutamento. “Levanta dúvidas sobre a eficácia das medidas anunciadas pela Sra. secretária regional da Educação”, lê-se no requerimento.

O partido pergunta ainda ao Governo se existem mais bibliotecas escolares encerradas na Região devido à falta de recursos humanos. No comunicado, o BE/Açores recorda que, nos estabelecimentos de ensino, a gestão pedagógica das bibliotecas é assegurada por professores bibliotecários, mas o funcionamento diário depende da presença de assistentes operacionais, responsáveis pela abertura do espaço, vigilância e apoio aos alunos.

O Bloco sublinha que uma biblioteca escolar é “um recurso essencial para alunos e professores”, contribuindo para o desenvolvimento de competências de literacia, pensamento crítico e acesso à informação, além de garantir igualdade de oportunidades, disponibilizando materiais e tecnologia “independentemente da situação socioeconómica” dos estudantes.

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