
O Instituto Açoriano de Cultura (IAC) assinala o lançamento da LXX edição da revista Atlântida, dedicada à Liberdade e aos 50 anos do 25 de Abril, com a apresentação do espetáculo “Rua de Sentido Único”, que une a palavra performativa de João Patrício à criação sonora de Vítor Rua, divulgou hoje o IAC em nota de imprensa.
De acordo com a informação divulgada pelo Instituto Açoriano de Cultura, a iniciativa decorre na noite de lançamento da nova edição da revista Atlântida, e propõe um encontro entre a palavra, a música e a memória da liberdade. O programa tem início às 20h00, com a exibição do filme Alis Ubbo, de Pedro Abreu, seguido, às 21h30, do concerto-performance “Rua de Sentido Único”.
O documentário Alis Ubbo — expressão fenícia que significa “porto seguro” e designava originalmente a cidade de Lisboa —, realizado em 2018 por Paulo Abreu, retrata a transformação urbana da capital portuguesa sob o impacto do turismo no período pós-crise.
Já o espetáculo que se segue, Rua de Sentido Único, é apresentado como “mais do que um recital — um manifesto”, em que a poesia se ergue como grito e resistência. Nele, João Patrício dá voz a versos de Alexandre O’Neill, Brecht, Sophia de Mello Breyner, Miguel Torga, Natália Correia, Fernando Pessoa, entre outros autores que “fizeram da linguagem um campo de batalha”.
A nota do IAC sublinha que, neste espetáculo, “a palavra não é apenas dita — é libertada”, enquanto a guitarra eletrónica e o sintetizador granular de Vítor Rua constroem uma paisagem sonora que “não acompanha: resiste, contradiz, abraça e transforma”.
“Rua de Sentido Único é um ato de escuta e de presença, onde a liberdade se torna respiração partilhada e a palavra, atravessada pela música, se torna infinita”, refere ainda o comunicado.
O evento integra-se no lançamento da revista Atlântida, publicação emblemática do Instituto Açoriano de Cultura, que nesta 70.ª edição presta homenagem à Liberdade e ao cinquentenário da Revolução de Abril, refletindo sobre os seus valores e o seu impacto cultural nos Açores e no país.
Segundo o IAC, esta noite de celebração pretende “afirmar a arte como espaço de resistência e de construção coletiva”, reafirmando a missão do Instituto em “promover o diálogo entre as artes, o pensamento e a identidade açoriana”.
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