PSD/CDS-PP VOTA CONTRA AUMENTO DE VEREADORES A TEMPO INTEIRO EM ANGRA DO HEROÍSMO

Os vereadores da Coligação PSD/CDS-PP na Câmara Municipal de Angra do Heroísmo votaram contra a proposta do executivo para aumentar o número de vereadores em regime de tempo inteiro, por entenderem que a prioridade deve ser reforçar os serviços municipais e não “criar mais um cargo político”. A posição foi transmitida esta quarta-feira, 29 de outubro, através de uma nota de imprensa do gabinete de comunicação do PSD/Açores.

De acordo com os vereadores Luísa Barcelos e Tiago Rodrigues, o essencial neste momento “é a agilização do funcionamento da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, dando melhores condições aos seus trabalhadores, e não criar mais entropias com o reforço de vereadores com pelouro”.

Luísa Barcelos explica que a proposta do executivo prevê “passar de três para quatro vereadores em regime de tempo inteiro, além da Presidente da Câmara Municipal”, algo que, segundo afirma, “nos causou admiração”. A social-democrata questiona ainda a coerência da medida num executivo que se apresenta como “de continuidade”, uma vez que “as atribuições e pelouros da Câmara permanecem os mesmos”.

A vereadora sublinha que seria de esperar “um reforço de recursos humanos do município, que estão parcos, envelhecidos e sobrecarregados”, sobretudo numa fase de conclusão de projetos financiados, como o PRR-Habitação, e com os mesmos dossiês comunitários ainda em curso. Em vez disso, diz ver “um reforço do poder político socialista dentro da Câmara Municipal”.

A coligação considera ainda “preocupante” o aumento proposto, alegando que “não há memória de uma vereação a tempo inteiro tão numerosa neste século”, o que implicará também “um reforço orçamental”. Para Luísa Barcelos, tal situação demonstra “alguma inabilidade” do executivo que sucede a Álamo Meneses, ao “sentir necessidade de aumentar o número de vereadores a tempo inteiro”.

No final da nota de imprensa, os eleitos do PSD/CDS-PP reiteram que apoiam “o reforço do mapa de pessoal”, mas rejeitam o aumento de vereadores por entenderem que a medida “não serve os interesses da boa gestão autárquica nem os interesses dos angrenses”.

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