PS/AÇORES EXIGE MAIS FINANCIAMENTO E EQUIDADE PARA A UNIVERSIDADE DOS AÇORES

O líder do PS/Açores, Francisco César, questionou esta quarta-feira o Governo da República sobre o reforço do financiamento da Universidade dos Açores e a necessidade de corrigir desigualdades no apoio à investigação científica entre o continente e as Regiões Autónomas.

O deputado socialista eleito pelos Açores dirigiu-se ao Ministro da Educação, Ciência e Inovação durante a audição em sede de especialidade do Orçamento do Estado para 2026, pedindo respostas concretas quanto ao futuro do contrato-programa com a academia açoriana, segundo nota de imprensa divulgada pelo PS/Açores.

Francisco César recordou que, na visita recente do governante à Região, foram reconhecidas “as especificidades das Universidades das Regiões Autónomas”, sublinhando que, no caso dos Açores, existem “desafios acrescidos que resultam da dispersão geográfica e da gestão de três polos em ilhas diferentes”.

“Estando de acordo com esse diagnóstico, a pergunta que deixo é simples: quando é que o Governo da República vai aperfeiçoar o contrato-programa com a Universidade dos Açores, que está em fase de conclusão, e em que montante”, questionou.

O socialista solicitou igualmente esclarecimentos sobre o lançamento da segunda edição do sistema de cofinanciamento de contratos permanentes para investigadores pelas universidades — o programa FCT-Tenure — que, afirmou, foi “prometido para 2025 e que previa cerca de 400 vagas, mas que até ao momento ainda não foi lançado”.

Na mesma intervenção, alertou para as dificuldades acrescidas das unidades de investigação sediadas em territórios insulares e periféricos, que “enfrentam custos de funcionamento substancialmente mais elevados”, nomeadamente ao nível de deslocações, transporte de equipamentos e aquisição de consumíveis, o que penaliza a atividade científica.

Por isso, questionou o Ministro sobre a disponibilidade do Governo para “introduzir um fator de correção ou de majoração no modelo de financiamento da FCT, de modo a refletir estas assimetrias e garantir condições efetivas de equidade no acesso aos recursos públicos de apoio à ciência”.

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