CHEGA AÇORES QUESTIONA AUMENTO DE TAXAS DA SATA E ALERTA PARA RISCO NO ABASTECIMENTO DE PESCADO

O grupo parlamentar do Chega (CH) na Assembleia Legislativa dos Açores contestou o aumento das taxas de handling da SATA Air Açores, alertando para possíveis impactos no abastecimento de pescado fresco às ilhas e na viabilidade das empresas do setor.

Segundo uma nota de imprensa divulgada ontem, segunda-feira, 27 de outubro de 2025, comerciantes e exportadores de pescado fresco, “muitos deles com empresas familiares”, têm manifestado preocupação com o aumento dos custos de transporte aéreo, ponderando abandonar a atividade devido à “viabilidade económica comprometida”.

Os deputados do partido entregaram um requerimento ao Governo Regional para saber qual o “fundamento técnico e económico” do aumento das taxas aplicadas pela transportadora regional e qual a percentagem do agravamento dos custos. No mesmo documento, os parlamentares questionam se o executivo açoriano, enquanto acionista maioritário, “autorizou ou teve conhecimento prévio” da decisão e se os operadores do setor foram informados com antecedência.

A formação política defende que a subida de preços “tem vindo a afetar diretamente a competitividade do pescado açoriano”, sobretudo nas exportações inter-ilhas e para o território continental, e quer saber se existe algum “plano de compensação, revisão ou modulação das taxas aplicáveis ao transporte de pescado e produtos alimentares perecíveis”.

O líder parlamentar do Chega, José Pacheco, citado na mesma nota, considera que a função da SATA Air Açores “deve ser, antes de mais, assegurar a coesão económica e social do arquipélago” e não agravar as dificuldades de quem depende do transporte aéreo para garantir o abastecimento às várias ilhas. “A SATA deve servir o povo açoriano e não explorá-lo”, reforçou.

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