
Hoje dia 17 de Outubro, celebra-se o Dia Internacional para a erradicação da pobreza.
Segundo o Jornal, o Público, já não são apenas os sem abrigo, que procuram as casas de apoio para poderem ter uma refeição. São também agora, aqueles que perderam o seu emprego, não aguentam a inflação, nem o contínuo aumento dos juros, perderam as suas casas e, estão neste momento pedindo ajuda alimentar!
Cá pelos Açores, de acordo com a Pordata, lideramos a pobreza em Portugal, com a percentagem de 24,2% de pobres na Região. Por outro lado, lideramos também a maior desigualdade de rendimentos entre os portugueses. É deveras preocupante, para quem vive nestas conchas cercadas pelo mar, sujeitos às mais diversas intempéries, aos apoios da República e agora também da União Europeia, através do PRR, para amenizar esta crise que nos assolou, nas mais variadas vertentes. Agora, principalmente com o problema da habitação, que é comum, não só a toda a Região, como também ao país inteiro!
Espero e esperamos todos, que esse dinheiro seja usado principalmente, em benefício da erradicação da pobreza. E essa combate-se ajudando as empresas, sempre no sentido da criação de empregos estáveis para as duas partes.
Vivemos e ainda bem, numa democracia! Por esse facto, estamos com alguma assiduidade, dando a nossa opinião através do voto. Eleições não podem servir para tapar o sol com a peneira… quando nós, o povo, não escolhemos dias para estar junto dos mais necessitados e auscultar os seus problemas. Partilhamos diariamente as suas angústias, a sua tristeza e a descrença no futuro!
Finalizo este meu desabafo sobre a pobreza, neste dia que a celebra, apelando a solidariedade e à partilha, com uma pergunta que me aflige e me confunde: Como é possível que a inflação tenha trazido tanto de fome, como de aumento de fortuna aos já milionários?
Como dizia e cantava o saudoso Zeca Afonso! Uns comem tudo e os outros não comem nada…
Fernando Mendonça
