A atual presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Vânia Ferreira, candidata pela coligação PSD/CDS-PP, foi reeleita este domingo para um segundo mandato. A autarca conquistou 5.194 votos, superando o Partido Socialista (PS) por uma diferença de 1.203 votos e aumentando a sua votação em 526 votos face às eleições autárquicas de 2021.

O candidato socialista Marco Martins foi o segundo mais votado, com 3.991 votos, registando uma quebra de 313 votos em relação ao último ato eleitoral autárquico.

Na sua segunda participação nas eleições autárquicas da Praia da Vitória, o Chega não replicou os resultados expressivos obtidos nas legislativas nacionais de maio, somando 721 votos. Ainda assim, o partido liderado por André Ventura registou um crescimento de 580 votos face a 2021.

O Bloco de Esquerda (BE) alcançou 84 votos, menos quatro do que há quatro anos, enquanto a CDU registou 73 votos, mais um do que nas anteriores autárquicas.

Em termos percentuais, a coligação PSD/CDS-PP obteve 49,97% dos votos, o PS ficou-se pelos 38,40%, o Chega atingiu 6,94%, o Bloco de Esquerda (BE) 0,81% e a CDU 0,70%.

A coligação PSD/CDS-PP conquistou igualmente a presidência da Assembleia Municipal da Praia da Vitória, com a reeleição de Paulo Luís para liderar o órgão deliberativo do município.

Em termos de mandatos diretos, a coligação social-democrata e democrata-cristã elegeu 11 deputados municipais, enquanto o Partido Socialista (PS) assegurou oito e o Chega conquistou um.

Por inerência, através dos presidentes de junta de freguesia, o PSD/CDS-PP soma ainda sete mandatos adicionais, e o PS acrescenta quatro.

Comparativamente a 2021, nas Assembleias de Freguesia, a coligação PSD/CDS-PP registou alterações no mapa autárquico das freguesias do concelho da Praia da Vitória. Embora tenha perdido para o PS a presidência da Junta de Freguesia das Lajes, a coligação conquistou aos socialistas as freguesias de São Brás e Santa Cruz, reforçando assim a sua presença no território, presidindo a sete das 11 freguesias do concelho

Apesar de as eleições autárquicas registarem tradicionalmente níveis de abstenção mais baixos face a outros atos eleitorais, os números deste domingo continuam a suscitar preocupação e a exigir reflexão por parte dos agentes políticos.

Depois de, em 2021, a abstenção ter descido ligeiramente — uma redução de 0,73 pontos percentuais em relação a 2017 —, o cenário inverteu-se nestas eleições. A taxa de abstenção voltou a subir, desta vez 1,72 pontos percentuais, fixando-se nos 47,54%.

Vânia Ferreira, atual presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, foi em 2021, a nona pessoa a liderar o município e a primeira mulher a chefiar o executivo camarário praiense. Ao ser reeleita para um segundo mandato, mantém a tradição de recondução que tem marcado a história autárquica do concelho: todos os presidentes que se recandidataram ao cargo acabaram por ser reeleitos, como sucedeu anteriormente com José Fernando Gomes e Roberto Monteiro.

No balanço das lideranças camarárias, o PPD/PSD já governou 25 anos em nome próprio e quatro anos em coligação com o CDS-PP, totalizando 29 anos de governação até 2025 e 33 anos projetados até 2029.

Por seu lado, o Partido Socialista (PS) assumiu a presidência da autarquia durante 20 anos, dos quais 16 em nome próprio e quatro em coligação com o CDS-PP. Já o CDS-PP, sempre em coligação, contabiliza oito anos de participação no executivo municipal, número que deverá ascender a 12 anos em 2029.

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