
A freguesia da Ribeira Quente, em São Miguel, foi palco no passado domingo, 5 de outubro, das comemorações do Dia da Viola da Terra, organizadas pela Associação de Juventude Viola da Terra, num programa que juntou música tradicional, a antestreia de um filme e momentos de convívio comunitário.
Segundo nota de imprensa divulgada esta quarta-feira, 8 de outubro, pela Associação de Juventude Viola da Terra, o Centro Social e Paroquial da Ribeira Quente acolheu, no último domingo, as celebrações anuais do Dia da Viola da Terra, instrumento tradicional açoriano que tem vindo a ganhar maior expressão entre músicos e comunidades locais.
O evento abriu com a atuação dos tocadores de Viola e Violão da Lomba da Fazenda, concelho do Nordeste, que apresentaram modas do Cancioneiro Açoriano, envolvendo o público num momento participativo ao som da popular “Olhos Pretos”. Esta foi a primeira deslocação do grupo à Ribeira Quente.
Um dos pontos altos da tarde foi a antestreia do filme “O Violeiro”, realizado por Francisco Rosas e Tiago Rosas, da produtora Palco de Ilusões. Rodado em grande parte na Ribeira Quente, o filme acompanha a história de um emigrante local que revive memórias do avô, com quem aprendeu a construir violas. O elenco integra o ator Carlos Guerreiro, no papel principal, e conta ainda com interpretações de Zeca Medeiros, Luísa Alves e Miguel Pedro.
As celebrações culminaram com um encontro musical entre tocadores da freguesia e do Nordeste, num momento de improviso que incluiu também uma desgarrada com dois cantadores locais. O encerramento ficou a cargo do ator e músico Zeca Medeiros, que interpretou o tradicional “Pezinho da Viola”, num ambiente de festa e convívio entre residentes, músicos, realizadores e famílias.
Paralelamente, a associação promoveu ações de sensibilização em várias escolas da ilha, envolvendo turmas da EB1,2,3/JI das Furnas, da EBI Canto da Maia e da EB1/JI da Ribeira Quente. Estas atividades incluíram distribuição de brindes e material didático de pintura inspirado nas violas de 12 e 15 cordas, com o objetivo de aproximar as novas gerações do instrumento tradicional açoriano.
De acordo com a Associação de Juventude Viola da Terra, estas iniciativas visam “manter viva a tradição da Viola da Terra, reforçando o seu valor cultural e educativo junto das comunidades açorianas”.
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