AÇORES REFORÇAM COMBATE AO DESPERDÍCIO ALIMENTAR EM ALINHAMENTO COM ESTRATÉGIA NACIONAL

O Secretário Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, destacou a importância de “passar do compromisso à ação” no combate ao desperdício alimentar, sublinhando o papel ativo dos Açores na Estratégia Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar 2025+, recentemente lançada pelo Governo da República.

O governante falava a propósito do Dia Internacional de Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentares, assinalado ontem, 29 de setembro. Numa declaração divulgada através de nota de imprensa da Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura salientou que “cada um de nós desempenha um papel crucial na mudança, através de escolhas e práticas conscientes dia a dia”.

O secretário regional frisou ainda que “ao reduzirmos o desperdício alimentar em casa, também estaremos a reduzir o impacto climático pessoal”, acrescentando que “combater o desperdício alimentar é uma responsabilidade coletiva”.

De acordo com os dados divulgados, em 2023 Portugal desperdiçou 1,9 milhões de toneladas de alimentos, o equivalente a 182,7 quilos por habitante. A maioria deste desperdício ocorre em ambiente doméstico (66,8%), seguindo-se o retalho (12%), a restauração (11,5%), a produção primária (6,8%) e a indústria (2,9%).

Para responder a este desafio, o Governo da República lançou a Estratégia Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar 2025+, sob o lema “Agir contra o desperdício alimentar”. A Região Autónoma dos Açores integra esta estratégia através da Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, com representação do Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA, IPRA.), procurando garantir uma intervenção “mais direta, eficiente e transformadora”.

Portugal reafirma, assim, o seu compromisso com a Agenda 2030 das Nações Unidas e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que estabelecem como meta a redução de 50% do desperdício alimentar *per capita* até 2030, em consonância com as metas vinculativas da União Europeia.

António Ventura lembrou que este é um esforço global que deve mobilizar instituições e cidadãos: “São inúmeros os esforços no sentido da redução da perda e do desperdício de alimentos, reforçando a importância em reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e fornecimento, nomeadamente através de campanhas de consciencialização, conferências, sessões, seminários e promoção de práticas sustentáveis”.

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