
A candidata do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal da Ribeira Grande, Jessica Pacheco, voltou a alertar para o recurso “excessivo” da autarquia a ajustes diretos, defendendo a necessidade de inverter esta prática em nome da transparência e da boa gestão do dinheiro público. A posição foi divulgada este domingo em comunicado de imprensa do BE/Açores.
Segundo a candidata bloquista, desde as últimas eleições autárquicas mais de 70% dos contratos públicos realizados pela Câmara da Ribeira Grande foram adjudicados por ajuste direto, uma percentagem “muito superior” à registada, por exemplo, em Ponta Delgada, onde o valor ronda os 30%.
Jessica Pacheco sublinha que só no mês de setembro “já foram feitos mais de 70% de ajustes diretos”, incluindo contratos atribuídos a duas juntas de freguesia lideradas pelo PSD. “Esta situação tem de mudar rapidamente. Já em 2021 este foi um dos problemas levantados pela nossa candidatura e, passados quatro anos, tudo se mantém”, criticou.
Na sua análise, a autarquia “está a funcionar de forma contrária ao que seria de esperar”, privilegiando os ajustes diretos em detrimento dos concursos públicos. “O que se tem de exigir é exatamente o oposto”, afirmou.
De acordo com o comunicado, uma das propostas centrais do Bloco de Esquerda para o município é reforçar a transparência através da aposta nos concursos públicos como regra nas contratações, assegurando maior rigor e equidade na gestão das contas municipais.
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