INÉRCIA NA AÇÃO OU INCOMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO?

Inércia ou incompetência, é a pergunta que me apraz fazer, após toda a narrativa de Tiago Ormonde, retratada durante quatro dias e dividida em quatro partes, sobre as contas da Câmara Municipal da Praia da Vitória.

Antes de avançar um pouco mais à frente com este meu artigo de opinião, convém talvez lembrar as palavras do Tiago, aquando da sua candidatura pelo Grupo dos Eleitores Independentes às eleições autárquicas de 2021. Afirmava ele então, “que, quem quer que fosse a ganhar as eleições, não iria ter vida fácil, perante a situação no momento da autarquia praiense”.

Tiago sabia do que falava, não omitiu a verdade e, mesmo assim, assumiu a coragem de concorrer, sentindo-se naturalmente capaz de enfrentar todos os desafios que se iriam atravessar no seu caminho. Não lhe deram essa oportunidade, mas hoje vem-nos trazer toda a clarificação do que havia pra ser feito, mas não tiveram a capacidade ou clarividência para o realizar.

Inércia ou incompetência foi o que veio a seguir, depois de quatro anos também mal conduzidos pelo seu antecessor, o qual mesmo assim, não sendo capaz de controlar bem a dívida, acabou deixando obra projetada, embora não efetuada, mas aproveitada pelo elenco camarário atual, para que deixasse seu nome gravado para memória futura… Dou como exemplos por Tiago citados, a continuação do acesso entre o Largo da Batalha e a Praia da Riviera, o respetivo bar, a requalificação da muralha e do edifício da Câmara Municipal. Pouco mais para além do já elencado parece ter sido feito e, ainda bem, porque se fosse para fazer do mesmo jeito, à pressa e mal feito, como a requalificação dos balneários da Prainha, (já sofridos de algumas necessárias alterações e com necessidade de outras mais…) pois às tantas, mais valeu ficar pensando, uma vez que não se era capaz de pensar mais depressa… 

Foram quatro anos a pregar as mágoas do passado, como razão fundamental para a negligência do presente. Surgindo agora como salvadores de uma pátria, que pelos vistos nunca correu o risco de ser conquistada por estranhos, com direito à sua salvação…

Daqui a exatamente 30 dias teremos eleições de novo para a Autarquia da Praia da Vitória. Vários são os candidatos/as à condução dos seus destinos, apresentando-se como os favoritos, tanto nas palavras como nas ações, elencando serem os melhores do passado e os mais apetecíveis para o futuro. Penso que para além dos manifestos eleitorais que assiduamente nos enchem as caixas do correio, devemos estar atentos aos seus hipotéticos executores, começando por avaliar as quatro áreas fundamentais já várias vezes referidas por mim: Financeira, cultural, jurídica e infraestruturas. Sem esquecer também o seu currículo, sentido humanista e inspiração de confiança!

Foram quatro anos de estagnação, agora provados por Tiago Ormonde, como sendo por inércia e incompetência. Da minha parte não vou arriscar e, convido todos os incrédulos para com a continuidade desta coligação, suportada por um CDS/PP, que há quatro anos quase moribundo, mas suportado pela bengala do PPD/PSD, foi criando terreno, que não era seu, nem nunca pensado pelos velhos PPD`S da minha geração…  A mudança para mim é agora! Vou votar em Marco Martins, aquele que me inspira mais confiança, mais inspiração e melhor futuro para a nossa Praia da Vitória.

Fernando Mendonça

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