AÇORES COM DESEMPENHO DE EXCELÊNCIA NA RESPOSTA A PARAGENS CARDIORRESPIRATÓRIAS

O Governo Regional dos Açores destacou esta sexta-feira “progressos excecionais” na gestão e valorização de resíduos, com 48% de preparação para reutilização e reciclagem em 2024, aproximando-se da meta europeia para 2025, segundo dados do Relatório do Sistema Regional de Informação sobre Resíduos.

O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, apresentou esta sexta-feira, em São Miguel, os resultados do Relatório do Sistema Regional de Informação sobre Resíduos (SRIR) de 2024, sublinhando os “progressos excecionais” alcançados no arquipélago no domínio da gestão e valorização de resíduos.

De acordo com a nota de imprensa divulgada pela Secretaria Regional, 77% dos resíduos urbanos produzidos nos Açores foram alvo de operações de valorização no último ano, dos quais 31% corresponderam a valorização material, 30% a valorização orgânica e 16% a valorização energética.

O governante destacou a Taxa de Preparação para Reutilização e Reciclagem, que atingiu 48% em 2024, mais 33% do que em 2023 e 54% acima do valor registado em 2020 (31,2%). “São mais 16,8 pontos percentuais em apenas quatro anos, o que é verdadeiramente notável, deixando-nos muito próximos da meta comunitária de 55% para 2025”, afirmou.

O aumento foi impulsionado pelo desempenho da ilha de São Miguel, que beneficiou da entrada em funcionamento das Centrais de Tratamento Mecânico e Biológico do Ecoparque, um investimento superior a 19 milhões de euros da Musami. Somando a recente Central de Valorização Energética, o investimento total no Ecoparque ascende a 120 milhões de euros.

Em São Miguel, a taxa de reciclagem e reutilização atingiu 56%, superando já a meta definida no Plano Estratégico de Prevenção e Gestão de Resíduos dos Açores (PEPGRA 20+) para 2025.

Outro indicador positivo foi a redução da Taxa de Desvio de Resíduos de Aterro, que desceu de 45% em 2020 para 24% em 2024, ultrapassando a meta regional de 30% para 2025 e aproximando-se do objetivo europeu de 10% até 2035.

Apesar dos avanços, Alonso Miguel reconheceu “desafios complexos” na ilha Terceira, onde a taxa de reciclagem e reutilização permanece estagnada. A Secretaria Regional está a trabalhar com a TERAMB para captar financiamento comunitário e implementar soluções corretivas.

O responsável sublinhou ainda que os Açores apresentam indicadores muito acima da média nacional, lembrando que, em 2023, Portugal continental registou apenas 32% de reciclagem e reutilização. Para o Secretário Regional, estes resultados resultam de “um esforço concertado” entre Governo, autarquias, operadores, empresas, associações e cidadãos, aliado a investimentos como os 9,1 milhões de euros na modernização dos Centros de Processamento de Resíduos e os 2 milhões aplicados no projeto-piloto do Sistema de Depósito de Embalagens Não Reutilizáveis.

Alonso Miguel concluiu reafirmando o compromisso do Governo Regional com “a melhoria contínua da gestão de resíduos e a transição para uma economia circular, fundamentais para garantir o desenvolvimento sustentável das ilhas”.

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