A Iniciativa Liberal dos Açores, através do deputado Nuno Barata, apresentou esta sexta-feira um conjunto de propostas alternativas ao Plano Regional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências 2025-2030, defendendo uma mudança estrutural nas políticas públicas da área.

Em nota de imprensa divulgada esta sexta-feira, 1 de agosto, a Representação Parlamentar da Iniciativa Liberal dos Açores (IL/Açores) anunciou a submissão de contributos no âmbito da consulta pública ao Plano Regional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências 2025-2030 (PRRCAD). O deputado Nuno Barata defende que o novo plano “mantém fragilidades estruturais” e propõe “romper com políticas do passado” através de uma abordagem centrada na evidência científica, proximidade, liberdade individual e uso da tecnologia.
“É urgente rever as estratégias seguidas até hoje”, afirma o parlamentar, sublinhando que os planos anteriores não impediram o agravamento dos problemas, nem responderam eficazmente a novas realidades, como as dependências digitais. Barata critica a “centralização excessiva”, o uso de “dados desatualizados” e a “resposta lenta a novas substâncias ou padrões de consumo”.
Entre as propostas apresentadas estão a criação de uma “Rede Regional de Suporte”, a aposta em programas de saúde mental desde o pré-escolar, o reforço da reinserção social e laboral, e a implementação de medidas como salas de consumo vigiado e programas de testagem de substâncias. A IL sugere ainda a criação de uma “plataforma digital regional” que integre dados em tempo real de saúde, polícia e escolas, promovendo a monitorização contínua.
O documento defende também campanhas específicas nas redes sociais, programas de desintoxicação digital e relatórios anuais públicos com avaliação independente. “Não se pode continuar a resolver os problemas de hoje, da mesma forma que atuávamos no passado”, alerta Barata.
A Iniciativa Liberal propõe, por fim, a criação de uma “Rede Regional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências”, articulando entidades regionais, municipais e locais, para garantir uma resposta descentralizada, eficaz e ajustada aos diferentes ciclos de vida.
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