FRANCISCO CÉSAR EXIGE RESPOSTA URGENTE À TOXICODEPENDÊNCIA NOS AÇORES

O líder do PS/Açores, Francisco César, alertou esta segunda-feira para a gravidade da crise da toxicodependência e exclusão social nos Açores, defendendo uma intervenção urgente e coordenada, com foco na prevenção, reforço legislativo, policiamento, apoio terapêutico e reinserção social.

Francisco César, líder do PS/Açores e deputado à Assembleia da República, defendeu esta segunda-feira, 21 de julho, uma resposta integrada e urgente ao que classificou como “um verdadeiro problema de saúde pública” relacionado com a toxicodependência e a exclusão social nos Açores. O alerta foi feito durante uma visita à Associação Regional de Reabilitação e Integração Sociocultural dos Açores (ARRISCA), em Ponta Delgada, instituição que presta apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade.

De acordo com a nota de imprensa divulgada pelo PS/Açores, Francisco César apelou à mobilização de todas as entidades — Governo Regional, Governo da República, partidos e autarquias — para dar resposta a um problema que, segundo afirmou, “está à vista de todos, sobretudo em Ponta Delgada, com consequências sociais e de segurança que não podem continuar a ser ignoradas”.

Durante a visita, o dirigente socialista identificou cinco áreas prioritárias de intervenção. Em primeiro lugar, destacou a prevenção, sublinhando que “os Açores são a região do país onde mais se consome droga, nomeadamente drogas sintéticas”, com valores que “em todas as outras [substâncias], exceto a canábis, estão três a quatro vezes acima da média nacional”.

Francisco César defendeu também maior celeridade legislativa, nomeadamente na inclusão de novas substâncias psicoativas nas listas de substâncias proibidas. “Não podemos ignorar esta realidade, mesmo quando não é da nossa competência direta”, referiu.

No domínio da segurança, criticou o défice de efetivos das forças policiais na Região. “Dos números que foram anunciados para os Açores na última campanha eleitoral, menos de metade acabaram por vir. Isto não pode continuar”, afirmou, assumindo o compromisso, enquanto deputado da República, de lutar por um reforço do contingente policial nos Açores.

Francisco César apontou ainda a “insuficiência dos apoios públicos” às instituições que trabalham no terreno, referindo que “a ARRISCA tem custos anuais de cerca de 800 mil euros, mas recebe apenas 500 mil e com atrasos significativos”. Nesse sentido, defendeu a necessidade de reforçar o financiamento e diversificar as respostas, nomeadamente com “mais equipas de rua, mais consultórios móveis, respostas residenciais, casas de transição e comunidades terapêuticas”.

A concluir, o líder do PS/Açores apelou à criação de programas de reinserção social, garantindo dignidade e oportunidades às pessoas afetadas. “Estas pessoas são filhos de alguém. Precisamos de lhes dar uma resposta, garantir-lhes um caminho com dignidade, apoio e oportunidades”, declarou.

“Prevenção, legislar mais rápido, mais polícia, mais respostas terapêuticas e residenciais, e capacidade de reinserção — é este o caminho que os Açores precisam de seguir, com coragem, compromisso e ação concreta”, concluiu Francisco César.

© PS/A | Foto: PS/A | PE