CHEGA/AÇORES EXIGE MEDIDAS URGENTES PARA APOIAR JOVENS AGRICULTORES DA TERCEIRA

Em visita oficial aos Açores, a deputada Ana Martins, eleita pelo círculo dos Açores à Assembleia da República, reuniu-se com a Associação de Jovens Agricultores Terceirenses (AJAT), manifestando preocupação com a falta de apoios ao setor agrícola e prometendo levar as reivindicações ao Governo da República e ao Governo Regional.

A deputada do Chega eleita pelos Açores à Assembleia da República, Ana Martins, reuniu-se esta segunda-feira, 21 de julho de 2025, com a Associação de Jovens Agricultores Terceirenses (AJAT). A parlamentar fez-se acompanhar pelos deputados regionais Francisco Lima e Hélia Cardoso. A reunião teve como objetivo ouvir as preocupações dos jovens agricultores e reforçar o compromisso do partido com o contacto direto com os cidadãos e instituições locais.

De acordo com a nota de imprensa divulgada pelo Chega dos Açores (CH/Açores), a AJAT alertou para o “peso insuportável” das contribuições para a Segurança Social exigidas aos jovens que pretendem investir no setor agrícola, classificando-as como um verdadeiro “garrote financeiro”.

Durante o encontro, foram ainda abordadas questões como a falta de pagamento dos apoios prometidos pelo Governo da República aos agricultores açorianos. Segundo o CH/Açores, trata-se de compromissos assumidos pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro em dois atos eleitorais, que continuam por cumprir.

A delegação do partido denunciou igualmente a “inoperacionalidade do sistema de incentivos à agricultura” nos Açores, sublinhando que, apesar de ter sido implementado no continente há três anos, o mesmo continua sem aplicação na Região. A degradação dos caminhos agrícolas na ilha Terceira e a escassez de água para regadio foram outros temas debatidos.

A AJAT manifestou também preocupação com os critérios dos apoios à agricultura biológica, que, segundo os jovens agricultores, não exigem produção efetiva para consumo humano, podendo originar abusos no uso de fundos públicos. Foi ainda apontado o excesso de associações agrícolas sem atividade concreta, mas que continuam a beneficiar de apoios estatais.

Os jovens lavradores reivindicaram uma urgente atualização do regime da agricultura familiar, cuja legislação está, segundo afirmam, desajustada da realidade económica atual, mantendo-se inalterada desde 2016. Destacaram também a falta de apoio ao acesso à contabilidade organizada e a inação do poder político no combate a pragas agrícolas como fatores que travam o desenvolvimento do setor.

Perante este cenário, o Chega compromete-se, segundo a mesma nota de imprensa, a “levar estas reivindicações ao Governo da República e ao Governo Regional dos Açores”, exigindo “medidas concretas e imediatas que garantam o respeito e o apoio efetivo ao setor agrícola açoriano e, em especial, aos seus jovens agricultores”.

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