
O Laboratório Regional de Sanidade Vegetal (LRSV) está a reforçar o controlo de qualidade na produção agrícola açoriana, com o triplo das análises a resíduos de pesticidas em 2025. A garantia é do Secretário Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, que ontem, quinta-feira, 17 de julho, visitou as instalações da unidade e destacou a sua importância estratégica para o setor.
O Secretário Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, sublinhou ontem o papel fundamental do Laboratório Regional de Sanidade Vegetal (LRSV) na proteção das culturas e na modernização do setor agrícola nos Açores. Durante uma visita às instalações da unidade, o governante revelou que, só em 2025, o laboratório triplicou o número de análises a resíduos de pesticidas em produtos de origem vegetal, um “reforço claro no controlo de qualidade e na segurança alimentar da produção regional”.
De acordo com a nota de imprensa divulgada pela Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, os avanços do LRSV traduzem-se também no aumento do número de organismos nocivos analisados, que passou de 64 para 99 nos últimos cinco anos. Este crescimento reflete, segundo António Ventura, “maior sensibilização e empenho por parte dos agricultores”.
“Estes dados revelam uma vontade de fazer melhor, de produzir com responsabilidade. E isso é sinónimo de maior produtividade, sustentabilidade e rentabilidade”, afirmou o secretário regional, que acredita que os Açores estão em condições de “aumentar significativamente a produção local e reduzir a dependência do exterior” na próxima década.
O LRSV, sob tutela da Direção Regional da Agricultura, Veterinária e Alimentação (DRAVA), conta atualmente com 27 inspetores fitossanitários distribuídos por todas as ilhas do arquipélago. A sua missão abrange a deteção de pragas e doenças, bem como a análise de amostras de solo, plantas e insetos provenientes de agricultores, cooperativas e outras entidades, públicas e privadas.
Reconhecido desde 2016 pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) como autoridade oficial no combate a pragas vegetais, o laboratório dispõe de competências científicas nas áreas da bacteriologia, virologia e entomologia.
Entre os trabalhos em curso, destaca-se a monitorização da praga Popillia japonica na ilha de São Miguel. A instalação intensiva de armadilhas e os dados recolhidos têm permitido conter a praga, protegendo as culturas mais vulneráveis. A informação obtida é integrada numa plataforma digital gerida pela DGAV, que centraliza dados de inspeções e prospeções a nível nacional.
Paralelamente, o LRSV mantém colaborações com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), promovendo formações e ações conjuntas que visam fortalecer a resposta científica face aos desafios do setor.
“O Laboratório de Sanidade Vegetal é estratégico não só para a nossa agricultura, mas também para a saúde pública, o ambiente e a nossa economia”, sublinhou António Ventura, acrescentando que “é a partir deste trabalho que projetamos os Açores para uma agricultura mais inovadora, competitiva e sustentável”.
© GRA | Foto: SRAA | PE
