
A Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, assegurou na Assembleia Legislativa que os investimentos realizados no Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, não afetaram os compromissos do Governo Regional com o setor da saúde em todas as ilhas dos Açores.
A Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, afirmou quinta-feira, 10 de julho, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que os investimentos em curso no Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em São Miguel, nos anos de 2024 e 2025, não colocaram em causa os compromissos assumidos com as restantes ilhas no domínio da saúde. A informação consta de uma nota de imprensa emitida ontem pela Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social.
Durante a sua intervenção, a governante apresentou exemplos concretos da evolução dos serviços de saúde nas diferentes ilhas do arquipélago. Nas Flores, o novo aparelho de tomografia axial computorizada (TAC) está preparado para iniciar atividade; na Graciosa, decorre a obra para instalação do mesmo tipo de equipamento; em Santa Maria, o contrato de aquisição foi assinado na semana passada; no Faial, foi concluída a requalificação da consulta externa do Hospital da Horta; e, no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), “a unidade coronária já recebeu a maior parte do material que permitirá abrir esta nova valência, extinta em 2012”, disse.
Sobre o HDES e as consequências do incêndio que afetou parte das instalações hospitalares, Mónica Seidi referiu-se ao relatório final da comissão parlamentar de inquérito — aprovado por unanimidade — sublinhando que o mesmo confirmou a prioridade dada pelo Governo à segurança dos utentes e profissionais, bem como à continuidade dos cuidados de saúde.
“As decisões tomadas tiveram naturalmente em conta dois lados, a parte técnica e a parte clínica, não havendo a menor dúvida de que em situações de incerteza prevaleceu sempre a parte clínica”, afirmou. “É imperioso dar ênfase nesta Assembleia que, ao lidarmos com vidas humanas, a margem para tomar decisões fica condicionada pela urgência das mesmas, em virtude das possíveis consequências nefastas para os nossos utentes. Em boa hora o Governo atuou, e os nossos profissionais de saúde mantêm-se à altura do desafio.”
A titular da pasta da Saúde destacou ainda o progresso registado no HDES, nomeadamente o aumento de 28% nas cirurgias realizadas entre fevereiro e junho, totalizando 3.308 intervenções. Mencionou também a entrada em funcionamento de novos equipamentos, como a ressonância magnética nuclear instalada no edifício modular, que já permitiu realizar 198 exames, evitando deslocações de utentes para fora da Região.
Relativamente à legalidade dos procedimentos adotados após o incêndio, Mónica Seidi assegurou que o Governo atuou dentro do quadro legal do regime de Urgência Imperiosa, obtendo parecer jurídico e disponibilizando todos os contratos à comissão de inquérito. “A atuação do Governo pautou-se sempre pelos princípios da transparência e da verdade”, concluiu.
DEBATE PARLAMENTAR
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