A PRAIA ACIMA DE TUDO!

Estou sendo apelidado por alguns, de contínuo crítico ao regime instalado, nomeadamente na Autarquia da Praia da Vitória, da qual me honro de ser munícipe, nela ter nascido e escolhido para viver. Surpresa para muita gente, uma vez que a mesma é gerida atualmente pelo Partido Social Democrata, aquele que ideologicamente me conquistou com os seus princípios democráticos, desde a sua implantação em 1974, por Francisco Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota. Esquecem-se os referidos acusadores das minhas crónicas com o mesmo teor e sentido de discordância, por algumas decisões tomadas pelo Partido Socialista, durante 16 anos à frente da autarquia praiense. Para mim, sempre esteve a Praia acima de tudo! Talvez por isso, me fui progressivamente arredando da política ativa, afastando-me das amarras do partido que defendia e defendo como ideologia, mas que não pode ser estorvo para a minha liberdade de intervenção política. Para mais ainda, quando sou rejeitado a intervir com a minha opinião ou voto nas diversas eleições, sejam elas concelhias ou de ilha, pelo facto de não ter renovado a minha inscrição de militante, no tempo e modo definido pelas estruturas Nacionais ou Regionais do partido, mesmo não tendo sido informado para tal, por nenhum meio de comunicação, escrito ou telefónico, como instituição que se concentra no presente, perspetiva o futuro, mas não esquece o passado. Colocar na prateleira (deixem passar o termo) aqueles/as, que abriram o caminho para a consolidação no país da Social Democracia, é sem dúvida um erro crasso, que só leva ao descrédito das instituições e da própria democracia, levando as pessoas a absterem-se de intervir, ou pior ainda, optarem pelo radicalismo, seja ele de esquerda ou de direita! Jamais será o meu caso, porque continuo com o “propósito político do PSD, que consiste em contribuir para o desenvolvimento de uma democracia avançada e de uma sociedade aberta, livre e solidária.

De qualquer modo não posso esquecer e ficar deveras ofendido, não com o partido na sua essência, mas sim, com as estruturas diretivas Nacionais e Regionais, quando lhes envio uma carta registada, na qual incluo o meu cartão de militante dos primeiros tempos do partido, reclamação por ter sido impedido de votar para a Comissão Política Concelhia e ainda, todo o meu histórico enquanto militante ativo e participante em várias comissões diretivas, para surpresa e desgosto meu, nem se dignaram responder… Francisco Sá Carneiro ou João Bosco Mota Amaral, pai da autonomia nos Açores, jamais fariam tal coisa!

Posto isto, continuarei a defender os meus princípios ideológicos, sempre que esteja em causa a democracia, mas acima de tudo estará a defesa da cidade da Praia da Vitória, do meu Concelho e da qualidade de vida das suas populações, esteja quem estiver no poder da autarquia, quer seja laranja, rosa, azul ou incolor…

A Praia tem uma história riquíssima que remonta ao século XV e, um papel importante na Batalha da Praia, em 1829, que lhe haveria de dar o nome de VITÓRIA! Defender esse passado é dever de qualquer munícipe responsável e amante da sua terra!

Vivas à Praia da Vitória! Vivas às suas Instituições!

Fernando Mendonça

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