AÇORES REFORÇAM LIDERANÇA GLOBAL NA CONSERVAÇÃO MARINHA EM CONFERÊNCIA DA ONU

O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, participou na sexta-feira, 13 de junho, na receção internacional “Blue Azores: Driving Momentum for 30×30”, realizada em Nice, França, no âmbito da terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos. A informação foi divulgada em nota de imprensa pela Presidência do Governo Regional.

O evento, promovido pelo Governo dos Açores em parceria com a Fundação Oceano Azul e o Waitt Institute, colocou o arquipélago no centro do debate internacional sobre a proteção marinha, reunindo líderes políticos, especialistas e representantes da sociedade civil de todo o mundo.

Na sua intervenção, José Manuel Bolieiro recordou a ligação histórica e estrutural dos Açores ao mar. “O nosso arquipélago há muito compreendeu que a saúde do oceano é inseparável da nossa própria”, afirmou.

O Presidente do Governo destacou o impacto do programa Blue Azores, desenvolvido ao longo dos últimos seis anos, que envolveu cientistas, pescadores, decisores políticos e cidadãos num processo colaborativo, culminando na criação de 287 mil quilómetros quadrados de áreas marinhas protegidas no mar dos Açores.

“Este feito não é apenas um número”, sublinhou Bolieiro. “É uma promessa às gerações futuras de que os Açores continuarão a ser um santuário para a vida marinha, um bastião de biodiversidade e um modelo de vida sustentável.”

A receção em Nice incluiu ainda a homenagem a duas figuras de referência na proteção dos oceanos: Peter Thomson, Enviado Especial da ONU para o Oceano, e a oceanógrafa Sylvia Earle. José Manuel Bolieiro agradeceu o contributo de ambos, sublinhando que “a vossa liderança, coragem e compromisso são fonte de inspiração. Juntos, estamos a construir soluções que atravessam fronteiras e que se tornam exemplo.”

Apesar dos avanços, o líder açoriano alertou para os desafios que persistem. “O caminho para a implementação total da rede ainda está por diante, mas manteremos o nível de compromisso e de ação que já demonstrámos. Os desafios, das alterações climáticas à sobrepesca, são globais e exigem respostas à mesma escala”, afirmou.

A sessão encerrou com um brinde simbólico ao oceano e à ação coletiva. Nas palavras finais, Bolieiro deixou uma mensagem clara: “Não se trata apenas de assumir compromissos, trata-se de os cumprir.”