
O líder do Partido Socialista dos Açores (PS/A), Francisco César, defendeu este sábado, 31 de maio, a necessidade de um processo de reflexão interna abrangente que envolva todas as estruturas e militantes do PS/A, com o objetivo de reforçar a proximidade com os açorianos e consolidar a ação política do partido na Região.
Segundo nota de imprensa divulgada pelo PS/A, Francisco César afirmou, à margem da reunião da Comissão Regional do partido, que esta é apenas uma das várias etapas de auscultação interna em curso: “Este é um dos vários momentos de reflexão, porque o Partido Socialista não pode fazer uma reflexão apenas fechada em quatro paredes.” O dirigente sublinhou que o processo de escuta inclui já encontros com o Secretariado, a Comissão Regional, e será alargado aos órgãos de ilha e concelhios. “Temos, às vezes, de ouvir mais do que falar”, frisou.
O líder socialista reiterou ainda que o PS/A deve manter o foco “naquilo que verdadeiramente importa”, nomeadamente a resolução dos problemas concretos das populações. “Temos de falar para as pessoas, responder aos seus problemas e dar respostas efetivas que demonstrem que o Partido Socialista não é um partido conservador, nem um partido do sistema, mas sim um partido que quer, efetivamente, mudar as coisas para melhor”, declarou.
No que diz respeito às próximas eleições autárquicas, Francisco César destacou que o partido já conta com “19 bons candidatos às Câmaras Municipais, às Assembleias Municipais” e que se encontra igualmente a trabalhar ao nível das freguesias. “Isto tem de ser feito junto das pessoas, porque é a partir do povo que conseguimos perceber quais são as melhores respostas a dar”, afirmou.
Relativamente ao processo de renovação interna, o dirigente regional apontou os esforços em curso para alargar a base de participação no partido, nomeadamente através dos chamados “novos Estados Gerais”. De acordo com a nota, o PS/A está a estabelecer pontes com sindicatos, representantes do tecido económico, a Juventude Socialista e jovens fora das estruturas partidárias. “O PS tem de se reestruturar, de se renovar, porque se não o fizer, o povo naturalmente irá fazê-lo e não é isso que queremos”, alertou.
Sobre as críticas internas que tem recebido, Francisco César garantiu encará-las com espírito democrático. “É normal que me façam críticas, se eu não estivesse sujeito à crítica era porque estava num outro partido, talvez mais à direita do PS, que aí nunca há críticas. Eu reflito sobre elas, considero-as, em alguns casos dou mais valor, noutros menos, mas ouço-as sempre, penso sobre elas e tento melhorar a minha ação a partir daí.”
A reunião da Comissão Regional marcou mais uma etapa do processo de reorganização interna do PS Açores, num momento em que o partido procura reposicionar-se e reforçar o seu papel no quadro político regional.
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