
A Vice-Presidência do Governo Regional dos Açores inaugurou ontem, no Palácio dos Capitães-Generais, em Angra do Heroísmo, a exposição “Um Clássico Popular: Camões nos Açores”, integrada nas comemorações nacionais dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões. A mostra abre ao público a partir de 2 de junho e permanecerá patente até 31 de outubro de 2025.
De acordo com a nota de imprensa divulgada pela Vice-Presidência do Governo Regional, a exposição propõe uma redescoberta da figura e da obra de Camões, explorando as suas possíveis ligações à ilha Terceira. O percurso expositivo passa pelas celebrações camonianas de 1880 em Angra do Heroísmo, pela alegada passagem do poeta pela ilha e pela tradição que associa a Terceira à inspiração para a “Ilha dos Amores”, episódio icónico de “Os Lusíadas”.
Entre os destaques da exposição estão dois acervos de grande relevância bibliográfica: a biblioteca camoniana de José do Canto — considerada uma das três mais completas a nível nacional — e a coleção de José Afonso Botelho de Andrade. Ambos são apresentados pela primeira vez na ilha Terceira. A mostra inclui ainda peças raras, como um manuscrito da obra “Saudades da Terra”, de Gaspar Frutuoso, e uma primeira edição de “Os Lusíadas”.
Promovida em parceria com a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada e com o Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores, a exposição integra o Plano Nacional de Celebração dos 500 anos do nascimento de Camões.
A sessão de inauguração contou com uma conferência de José Augusto Bernardes, Comissário-Geral da Estrutura de Missão para as Comemorações, subordinada ao tema “Comemorar Camões… ainda”.
Segundo o Governo Regional, esta iniciativa visa “celebrar Camões como símbolo maior da cultura literária portuguesa e mundial, enraizando-o no património e na memória açorianos”.
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