LUÍS GARCIA DEFENDE CULTURA DE PROTEÇÃO CIVIL COMO RESPONSABILIDADE PARTILHADA

O Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia, afirmou na passada sexta-feira, 16 de maio, que “a pedagogia para a autoproteção é, hoje, mais essencial do que nunca”, sublinhando a importância de uma resposta coletiva e coordenada aos riscos e desafios que a sociedade enfrenta. A declaração foi proferida na Horta, durante a sessão solene comemorativa do 113.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial.

De acordo com a nota de imprensa divulgada pela ALRAA, Luís Garcia defendeu que a construção de uma verdadeira cultura de proteção civil não pode ser uma responsabilidade exclusiva das escolas ou dos serviços de emergência, devendo envolver “autarquias, governo, organizações da sociedade civil, meios de comunicação social e, claro, cada um de nós”.

O Presidente do Parlamento açoriano recordou o recente apagão que afetou Portugal e outros países europeus como um exemplo de vulnerabilidade coletiva, alertando para a necessidade de reforçar a prevenção. “Damos por garantidas tantas coisas — a luz que acendemos com um botão, a rede que nos liga ao mundo, a água quente que jorra da torneira”, afirmou, considerando o episódio como um “alerta claro” para a importância de estarmos preparados para imprevistos.

Luís Garcia destacou ainda as especificidades da Região Autónoma dos Açores, nomeadamente a sua realidade geográfica e geológica, marcada pela atividade sísmica, frisando que tais características impõem “uma articulação constante entre poderes e competências”. Neste contexto, defendeu que a resposta a situações de emergência “não é apenas uma questão de eficiência. É uma questão de responsabilidade partilhada”.

No seu discurso, o Presidente da ALRAA enalteceu o trabalho dos Bombeiros Voluntários do Faial, sublinhando que a sua missão “merece não apenas o nosso reconhecimento, mas sobretudo o nosso compromisso”. Neste sentido, destacou a importância de garantir condições de trabalho adequadas, formação contínua e meios operacionais suficientes, reconhecendo que a cultura de serviço e dedicação “não se ensina em manuais nem se decreta por portaria”.

A sessão solene teve lugar na cidade da Horta e reuniu representantes de diversas entidades, num momento de homenagem ao papel central que os bombeiros desempenham na segurança e bem-estar das populações.